Reparo do morro custará R$ 2 milhões Oito meses após o deslizamento de terra, que obrigou a retirada de 10 famílias, Secopa escolhe empresa para recuperar encosta do morro
O reparo do morro do Despraiado, em Cuiabá, custará aproximadamente R$ 2 milhões e deverá ser concluído em até o final outubro deste ano. A recuperação será realizada após oito meses do deslizamento de terra da encosta, que resultou na desapropriação de 10 famílias da região.
A PPO Pavimentação e Obras LTDA foi a empresa vencedora do processo licitatório, realizado na manhã de ontem (25), na sede da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), em Cuiabá. A empresa foi a única a comparecer ao processo. O reparo foi orçado em R$ 1,956 milhão e será disponibilizado pelo Governo do Estado.
O morro fica localizado no entorno do viaduto do bairro Despraiado, na avenida Miguel Sutil, que foi a primeira obra de mobilidade urbana inaugurada em Cuiabá. Com 325 metros de comprimento, nove de altura, a obra tem 1,8 km de extensão e foi orçada em R$ 18 milhões.
O problema começou quando a empresa contratada pela Secopa realizou um corte na encosta do morro para poder alargar a pista da Miguel Sutil para a construção do viaduto.
Dois meses antes da inauguração, em setembro de 2013, um grupo de moradores se reuniu Secopa para discutir a situação de quem mora no local. A área já era considerada de risco, pois o corte feito na rocha poderia ocasionar desmoronamento. À época, a Secopa sugeriu construir um muro de arrimo para evitar deslizamentos, porém não realizou o projeto.
No dia 12 de novembro de 2013, uma semana antes da inauguração oficial do viaduto, uma forte chuva fez com que parte do morro desabasse. Por pouco, várias residências que ficam na encosta não vieram abaixo.
Na data da inauguração da obra, em 18 de novembro, o governador Silval Barbosa voltou prometer que um muro de gabião seria construído no local, para conter os avanços do desmoronamento, porém nenhuma obra foi realizada.
Na ocasião, 10 famílias foram orientadas pela Defesa Civil de Cuiabá a deixarem as casas por estarem muito próximas à área afetada, que corre risco de novo desabamento. As casas se encontram na rua Xavantes com a Avenida Miguel Sutil, no Bairro Santa Helena.
Após o desabamento, uma das vias que margeiam a obra teve que ser interditada, para evitar que veículos e pedestres fossem atingidos em possíveis desmoronamentos.
Em abril deste ano, o Ministério Público do Estado (MPE), por meio do Grupo de acompanhamento das Obras da Copa (Geacopa), notificou a Secopa para que adotasse medidas emergenciais para minimização de riscos no morro.
Os moradores da área de risco se mostram desacreditados quanto à resolução do problema por parte da Secopa e apreensivos com a chegada do inverno, que deixa a área ainda mais vulnerável a desmoronamento.
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