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Economia
Domingo - 27 de Julho de 2014 às 12:56

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A mudança do tempo que ocorreu em Mato Grosso na noite de quinta (24) para sexta (25), trazendo chuva, vento e baixas temperaturas, atrapalhou o ritmo da colheita no campo em alguns municípios. O agricultor de Nova Mutum, Emerson Zancanaro, calcula que, em algumas regiões do município, o vento atingiu cerca de 50km/h nesta data e derrubou pés de milho de talhões inteiros.

Zancanaro plantou 850 ha de milho na safrinha e cerca de 20% de sua lavoura foi atingida pelos ventos. Apesar da dificuldade para seguir com a colheita nessas áreas, o produtor acredita que isso não comprometerá de forma expressiva a produção do município. “Foram atingidos de 1 mil a 1,5 mil hectares em nossa região, sendo que ainda faltam 30% ou 50 mil hectares para serem colhidos”, informa.

Por conta da umidade trazida pela chuva, o agricultor prevê um atraso de 10 dias na colheita, até que a palhada seque para permitir a continuação dos trabalhos nas lavouras do município. “A única coisa que nos deixa preocupados é a chuva anormal nessa época, mas já era previsto que seria um ano atípico e isso só está se confirmando”, diz.

A região sudeste é a mais atrasada na colheita de milho safrinha, conforme relatório divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta sexta (25). O atraso é estimado em 22,2 pontos percentuais com relação ao mesmo período na safra passada e o principal motivo é a umidade ainda presente nos grãos.

Com uma propriedade nesta região, no município de Rondonópolis, Osvaldo Pasquolotto conta que a chuva e o vento causaram mais danos nos 100 ha de sorgo que ainda faltam ser colhidos, por ser uma cultura mais sensível que o milho. Pasqualotto plantou 500 ha de sorgo e 3 mil ha de milho, sendo que ainda estão no campo 30% do milharal que não foi colhido.

No ano passado, ele comercializou a saca de milho a R$ 17, mas com os baixos preços alcançados pelo cereal na safra atual, em torno de R$ 15, conduziu a colheita em sua propriedade lentamente, para não deixar a umidade afetar a qualidade do grão. “Devido à umidade que tivemos durante a colheita nesta safra, compensa mais esperar a palhada secar bem para voltarmos a colher depois dessa chuva. Acho que teremos um atraso de uma semana na colheita”, afirma.

Em Sinop, o produtor Adelmo Zuanazi acredita que a virada do tempo não prejudicou as lavouras de milho da região, onde a colheita já está quase no final. Em sua propriedade, a colheita termina neste final de semana. “Aqui em Sinop esfriou, mas não choveu, então não nos atrapalhou”, conta. O Imea estima que restam no município apenas 15 mil hectares para finalização da colheita, o que representa 20% da área plantada de um total de 76,5 mil ha.





Fonte: Do G1 MT

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