Antes de morrer, advogada postou mensagem sobre doação de medula Sylvana Albuquerque de Moraes usou rede social para incentivar doação. De acordo com o Hemocentro, em MT existe mais de 37 mil doadores.
Antes de morrer, a advogada Sylvana Albuquerque de Moraes, de 42 anos, postou uma mensagem no leito do hospital sobre a importância da doação de medula. Ela morreu em um hospital particular de Cuiabá há exatamente um mês por falta de um doador compatível. Conforme o pai, a filha publicou a carta na rede social e, depois da morte dela, a família fez uma mobilização para divulgar sobre a necessidade de mais doadores, o que poderia ter evitado a morte de Sylvana.
"O meu apelo é para que retiremos os olhos do nosso próprio umbigo e colocamo-nos na direção do outro. Vamos fazer para o semelhante o que gostaríamos que fizessem por nós. Amá-lo é o maior e mais precioso ensinamento de Jesus. São tantas as pessoas pelo mundo a fora que dependem de um gesto nosso para continuar vivendo", disse a paciente na página dela, em um site de relacionamento.
A advogada morreu pouco tempo depois de descobrir uma doença pouco comum, a aplasia medular. “Ela fez uma carta não por causa dela, mas em Mato Grosso, segundo os dados do Hemocentro existem cerca de 37 mil registrados com possíveis doadores. Quanto mais aumentar o número de voluntários para doação de medula, maior será a chance daqueles que precisam de transplante de medula”, comentou o pai da vítima, Haroldo de Moraes. Segundo ele, entre o aparecimento dos primeiros sintomas e a morte, foram menos de dois meses
De acordo com o Hemocentro, em Mato Grosso existe mais de 37 mil doadores e atualmente, no país, mais de 2 mil pessoas esperam por um transplante de medula que seja compatível. A chance de encontrar alguém compatível é de uma em 100 mil.
Conforme a assistente social do Hemocentro, Heloíse Angélica Dias, para se cadastrar no banco de dados dos doadores é preciso ir no Hemocentro e levar um documento de identificação com foto para preencher os dados pessoais. “Após isso, é só coletar uma amostra de sangue de 5 ml. Com essa amostra, é feito um exame chamado HLA para identificar as características genéticas do doador”, explicou.
Transplantado
A cada cadastro é uma esperança que renasce na vida de quem espera pelo transplante. Foi assim que aconteceu com o estudante Robson Trindade Siqueira. Há três anos, ele foi diagnosticado com a mesma aplasia medular. Foram oito meses entre diagnóstico, tratamento e transplante. Porém, teve a sorte de encontrar cinco possíveis doadores entre os três milhões de cadastrados, mas apenas um deles foi compatível com o organismo dele.
“Nunca passou pela minha cabeça saber como foi e de onde veio, o que me importava naquele momento era ser curado. Graças a Deus fui abençoado pela doadora que me salvou e salvou meus sonhos. Hoje, estou aqui podendo concluir aquilo que eu havia começado e ter uma vida normal como qualquer outra pessoa tem hoje”, contou. O Hemocentro fica na Rua 13 de Junho, no Centro da capital. O local funciona de 7h às 18h.
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