UrObra da Farmácia está abandonada Serviços de reforma e ampliação do prédio onde seria a sede da Farmácia de Alto Custo, no Quilombo, estão parados há um ano
Há um ano, os trabalhos de reforma e ampliação do prédio onde funcionaria a sede própria da Farmácia de Alto Custo, na rua Estevão de Mendonça, no bairro Quilombo, em Cuiabá, estão abandonados. Atualmente, o local está tomado pelo mato e servindo de abrigo para usuários de drogas.
À época do início da obra, a Farmácia de Alto Custo era administrada pelo Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas), que firmou o compromisso com o governo de Estado de instalar sete Farmácias Cidadãs em Mato Grosso.
Uma delas justamente em um antigo prédio, que fica na Estevão de Mendonça. “Trabalho na Vigilância Sanitária (da capital), que analisou e aprovou o projeto (da farmácia). Iniciariam a obra e pararam. Nem a placa de reforma e ampliação existe mais. Está tudo abandonado”, lamentou a funcionária pública Gisele Monteiro, que reside nas proximidades.
Gisele Monteiro lembra ainda que no local funcionava a sede de uma Companhia de Polícia Militar Feminina, o que proporcionava maior segurança aos moradores da região. “Era muito melhor se tivessem mantido a companhia do que deixar a obra abandonada”, criticou.
O abandono da obra teria ocorrido antes mesmo da Secretaria de Estado de Saúde (SES) cancelar, em janeiro deste ano, o contrato com o IPAS, após intervenção e os problemas verificados na Farmácia de Alto Custo, como o dos medicamentos vencidos e que geraram prejuízos superiores a R$ 2,8 milhões. Procurada pela reportagem do Diário, a assessoria da SES informou apenas que os processos envolvendo o IPAS estão sub judice.
A ideia de concepção da Farmácia Cidadão nasceu com a intenção de descentralizar e atender a população que utiliza os medicamentos de alto custo na rede pública do Estado. Com isso melhorar a gestão e o processo de entrega dos medicamentos especializados, além das unidades oferecerem ambiente humanizado, atendimento farmacêutico especializado, informatizado e modernizado.
Porém, não é o que ocorre atualmente no espaço onde atualmente funciona a Farmácia de Alto Custo, no Complexo de Especialidades (Cermac), no Centro da capital. O local é pequeno e insalubre para prestar atendimento com dignidade aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Publicado no Diário Oficial do Estado, o contrato de gestão 003/2011 da SES com o Ipas prevendo a reforma e adequações do imóvel previa o investimento da ordem de R$ 1,5 milhão, divididos em três parcelas. Entretanto, houve ainda aditivos, um deles no valor de R$ 431,3 mil para aquisição de equipamentos, conforme D.O (25800) do dia 28 de dezembro de 2012.
Além da capital, os estabelecimentos farmacêuticos públicos seriam criados em Sinop, Rondonópolis, Tangará da Serra, Cáceres, Barra do Garças e Água Boa, onde as unidades estariam funcionando nos Escritórios Regionais ou sedes próprias.
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