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Economia
Sábado - 02 de Agosto de 2014 às 15:59

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Pesquisa feita com mil consumidores, em 70 municípios do País, calcula que a compra de presentes para o Dia dos Pais, que se comemora no próximo dia 10 de agosto, vai injetar no comércio brasileiro cerca de R$ 5,3 bilhões.

A projeção obtida pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro), em parceria com o Instituto Ipsos é mais otimista do que a divulgada na véspera pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), que estima movimentação em torno de R$ 4,4 bilhões no comércio varejista do País. Ainda assim, com crescimento de 4,3% nas vendas, em relação ao ano passado, mas será a evolução mais fraca de vendas para o Dia dos Pais nos últimos dez anos.

De acordo com a Fecomércio-RJ, a procura por roupas lidera a preferência nacional para presentes, com 43,4% das intenções, seguindo-se perfumes e cosméticos, com 15,2%. Em relação ao ano passado, a sondagem mostra, entretanto, redução no percentual de brasileiros que pretendem presentear alguém na data. Em 2013, a taxa atingiu 42,1% dos entrevistados, e caiu agora para 31,2%, ou o equivalente a 45,2 milhões de brasileiros.

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O economista Christian Travassos, da Fecomércio-RJ, disse que embora o Dia dos Pais seja uma das principais datas para o comércio, depois do Dia das Mães e do Natal, o consumidor está mais cauteloso, “vivendo um momento de pisada no freio”. Ele disse que a economia não apresenta ritmo de crescimento consistente, e o mesmo ocorre na ponta da produção, na indústria, que ainda está hesitante, “em banho-maria”.

Isso explica, em parte, a queda na intenção de presentear os pais, porque se insere no contexto de incerteza vigente na economia, “que permeia as atuais análises econômicas, não só do Dia dos Pais”, destacou.

— A gente vê isso na Pesquisa Mensal de Comércio, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A gente percebe também acomodação na geração de empregos, e até um recuo em relação a períodos anteriores.

Segundo Travassos, o freio nos gastos, demonstrado pelo consumidor brasileiro, não está ligado ao fato de ele estar mais inadimplente; significa que ele está mais consciente em relação à sua renda, ao impacto da inflação: “Ele está mais cauteloso”. A perspectiva para 2015 é que esse momento mais difícil passe, “em função de o governo ter tomado medidas para reverter isso e para que a economia reaja, principalmente na ponta da indústria”.

A pesquisa aponta ainda a perspectiva de que as vendas para o Dia dos Pais movimentem 59,2% dos estabelecimentos comerciais do estado do Rio de Janeiro, que esperam faturar, em média, 5,1% a mais do que em igual período de 2013. O economista salientou que no caso do Rio, a expectativa de crescimento de receita dos empresários está influenciada pela Copa do Mundo e pelos preparativos para as Olimpíadas de 2016. O movimento turístico ainda permanece intenso após o encerramento da Copa.

— O otimismo no Rio me parece diferenciado em relação à média nacional.





Fonte: Da Agência Brasil

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