Brasil envia remédios para países africanos com epidemia do ebola Guiné, Serra Leoa e Libéria receberão kits com insumos e medicamentos. Vírus já matou mais de 700 pessoas e contaminou 1,3 mil na região.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou nesta sexta-feira (1º) que o governo brasileiro enviou para países africanos que sofrem com a epidemia do vírus ebola 14 kits com medicamentos e insumos para atender até 7 mil pessoas pessoas por três meses. Nesses kits, há itens como seringas, agulhas, luvas, gazes e remédios.
Nesta sexta, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, disse que o surto de ebola no oeste africano está fora de controle, mas pode ser barrado. Dados da OMS indicam que o número de casos aumentou para mais de 1,3 mil na região. No total, até 27 de julho, 729 pessoas morreram em decorrência do vírus.
Segundo o Ministério da Saúde, foram enviados quatro kits para Guiné, cinco para Serra Leoa e cinco para Libéria. Cada kit tem 58 itens.
"Cabe ao Brasil fazer o que já havíamos feito antes com outros países africanos, com quem temos relações de cooperação muito intensas, que é colaborar com kits para desastres, que têm capacidade de socorrer, cada um, grupos de até 500 pessoas com medicamentos, material médico e de enfermagem suficientes para colaborar as solicitações da OMS", afirmou o ministro.
Segundo Chioro, ao invés de enviar recursos a países como Guiné, Libéria e Serra Leoa, por exemplo, o governo brasileiro optou por enviar os kits para auxiliar o atendimento aos pacientes.
De acordo com o ministro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Secretaria de Vigilância em Saúde, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, fizeram recomendações aos controles de fronteiras no Brasil, apesar de não haver reforço de fiscalização em locais como portos e aeroportos.
"Não houve nenhum reforço. Apenas a nossa SVS e a Anvisa, responsáveis pela fiscalização em aeroportos e protos, fizeram recomendações para que nossos fiscais sejam ainda mais rigorosos e fiquem mais atentos. Que são as mesmas recomendações que faríamos em outros casos", destacou.
Questionado por jornalistas sobre se há riscos de contaminação do vírus no Brasil, Chioro garantiu que a OMS sinalizou ao governo federal em relatórios diários que a "expectativa" é de que a doença não ganhará dimensão global.
"No nosso caso, o governo brasileiro tem reforçado as ações que já fazemos rotineiramente, de controle de aeroportos e portos, que é a de identificação de pessoas sintomáticas", informou.
Nesta quinta, a OMS anunciou que lançará, junto com os governos da região, um plano de resposta ao ebola com US$ 100 milhões em recursos.
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