Cinco propriedades do fazendeiro são alvo de quadrilha em União do Sul. Crime já foi denunciado às autoridades ligadas ao meio ambiente.
Polícia investiga roubo de toras em propriedades de fazendeiro em MT

A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o roubo de madeiras em cinco propriedades de um mesmo fazendeiro de União do Sul, a 689 quilômetros de Cuiabá.  Todas elas foram extraídas de áreas sem plano de manejo. O delegado do Meio Ambiente, Carlos Cunha, informou que tem uma equipe que irá investigar o caso na região. Nenhum dos ladrões ainda foi identificado.

O proprietário que vem enfrentando a ação dos criminosos já denunciou o problema às autoridades estaduais e federais. Atrás de uma das maiores serrarias da cidade, a equipe de reportagem da TV Centro América flagrou uma carga clandestina de madeira. As toras ficam escondidas no meio do mato. Algumas têm até placa de identificação. A informação do depósito clandestino já foi repassada, inclusive, para a Secretaria de Meio Ambiente do estado (Sema). 

Segundo a denúncia, a madeira não tem documento e foi retirada de uma área sem plano de manejo.  A 40 quilômetros do depósito clandestino existe outra propriedade do mesmo fazendeiro que está sendo atacada pelos ladrões de madeira. Em junho, caminhões da mesma fazenda descarregavam as toras nas serrarias de União do Sul. Em um dos troncos foi instalado um chip, que monitora carga roubada e transmite o sinal para uma central de monitoramento. Assim foi possível descobrir onde a carga foi deixada.

A serraria que recebeu a madeira chegou a ter as atividades suspensas, mas voltou a funcionar por ordem judicial. Mesmo após as denúncias, as quadrilhas continuaram roubando madeira. No pátio de armazenagem foram encontradas mais 50 toras. As árvores foram abatidas de forma criminosa e foram amontoadas estrategicamente às margens de uma rodovia estadual, que dá acesso às serrarias da região.

No meio da mata, marcas de trator, caminhões e muitas árvores centenárias compõem o cenário local.  A propriedade é do fazendeiro Jacinto Simões que já encaminhou a denúncia para as autoridades. Por telefone, o fazendeiro disse que a região foi devastada.  "O prejuízo foi muito grande não só para mim, mas também para o meio ambiente”, finalizou.