Alunos de Cuiabá recebem o Judiciário na Escola
Cerca de 150 alunos assistiram às palestras ministradas pelas juízas Christiane da Costa Marques Neves Silva, da 2ª Vara Especializada de Família e Sucessões de Várzea Grande, e Gleide Bispo dos Santos, da 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, durante o projeto ''Judiciário na Escola'.
Desta vez, a iniciativa foi levada às escolas municipais 12 de Outubro e Madre Marta Cerutti, ambas localizadas na periferia da Capital, nos bairros Jardim Itamarati e Altos da Glória, respectivamente. Na ocasião, os pequenos tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre seus direitos e deveres, o que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), além de tirar dúvidas acerca do funcionamento e estrutura do Judiciário. A atividade foi realizada na última semana.
Para Gleide Bispo, que esteve na escola do Altos da Glória, o projeto demonstra a aproximação entre a Justiça e a população e acaba com o mito de que o Judiciário é inacessível e distante. “Isso é muito importante para que a população se sinta protegida. A instituição tem esse dever de defender os direitos da comunidade. É um estreitamento de laços”, comenta.
Destaca ainda que o fato de atuar diretamente com a infância e juventude colabora para que a experiência seja ainda mais especial. “Depois que fui para essa vara, aprendi a olhar completamente diferente para o público infanto-juvenil. Para mim é o meu público, são aqueles que defendo, então ter esse contato com eles é gratificante”, afirma.
Os estudantes também aprovaram e aproveitaram a dinâmica da “aula judicial”. Rhenkyo Ferreira Lopes, 11 anos, conta que aprendeu sobre o que são os processos e como funciona a Justiça. “Aprendemos que temos que respeitar pai e mãe, fazer tudo que eles pedem porque eles querem o nosso bem”, acrescenta.
Sarah Hilary, 10 anos, também adquiriu mais conhecimento. “Aprendemos que tem um juizado de crianças e se tivermos problemas é só ir lá. Acho interessante ter esse conhecimento para ter um pouco mais de sabedoria na cabeça para quando a gente crescer”, diz a menina.
Já Eduardo Culca, 11 anos, entendeu o que são as greves e como acontecem. Também se animou com a ideia de escrever uma redação sobre os assuntos abordados pela magistrada. “Acho bem legal isso porque a Justiça interagindo com os estudantes é bem legal, pois aprendemos mais”.
A diretora da Escola Municipal Madre Marta Cerutti, Miracy Rodrigues, elogia o projeto Judiciário na Escola e assegura que a ação tem efeitos positivos no dia a dia dos alunos. “Eles têm feito perguntas sobre o que acontece dentro de casa. Eles se apóiam mais nos direitos, mas também sabem o que é dever deles e fazem essa relação”, completa.
À tarde, o projeto foi levado à Escola Municipal Dejani Ribeiro de Oliveira, no bairro Jardim Vitória. A palestra foi ministrada pela juíza Edleuza Zorgetti Monteiro da Silva, da 5ª Vara Cível, para aproximadamente 70 alunos.
Comentários