Dema prende 229 no 1º semestre Delegacia de Meio Ambiente, da Polícia Civil, faz balanço de ações realizadas em 2014
No primeiro semestre de 2014, 229 autores de crimes ambientais foram conduzidos à Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), sendo 39 presos em flagrante. Deles, 79 pessoas foram indiciadas em inquérito policiais e 150 responderam termo circunstanciado de ocorrências (TCO) pela prática de algum delito contra o meio ambiente.
Dentre os principais crimes cometidos estão desmatamento, furto, extração e comércio ilegal de madeiras, pesca irregular, em especial no período da piracema, caça a animais silvestres, maus tratos de animais domésticos, rinha de galo e poluição nas mais diferentes formas.
A Dema também apreendeu 1.195 metros cúbicos de madeira extraídas da floresta amazônica, 1.976 quilos de pescado ilegal, 134,162 m³ de carvão, 18,55 quilos de iscas vivas, além de 242 animais em situação de maus tratos ou criados em cativeiros.
O delegado adjunto da Dema, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, disse que na Amazônia o foco sempre é o desmatamento, em razão do furto de madeiras ser recorrente o ano inteiro. De acordo com Bruzulato, quando se chega a uma clareira o que se encontra são pessoas contratadas para fazer o corte e o transporte da madeira, assim como ocorreu na operação “Simbiose”, deflagrada em dezembro de 2013, para combater a extração ilegal de madeira na fazenda Ouro Verde, que desde o ano de 2012, acumula denúncias da derrubada ilegal de árvores. Na ocasião, a Polícia Civil, em conjunto com o Ibama, apreendeu 500 m³ de madeira, quatro caminhões, um trator e prendeu duas pessoas em flagrante.
Também há reclamação por invasão de áreas de preservação permanente (APP), em Cuiabá. “Em Cuiabá existe muita área de preservação permanente e com a expansão imobiliária os empreendimentos não estão respeitados e cometem crimes danificando essas áreas”, informou.
Uma vez confirmada a invasão da APP, por meio de laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) ou pelo corpo de técnicos da Sema, o responsável pelo empreendimento é responsabilizado criminalmente e administrativamente com aplicações de multas pela Sema e até embargo da obra.
As queimadas urbanas, que também provocam poluição do ar, podem resultar em prisão de um a quatro anos para o autor, que muitas vezes pelo ato de colocar fogo no lixo doméstico acaba devastando grandes áreas verdes na cidade, ou na zona rural quando o agricultor põe fogo para melhorar a pastagem da terra e acaba atingindo grande extensão da vegetação e animais. (Com assessoria)
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