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Sábado - 09 de Agosto de 2014 às 19:30

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Com um paletó escondendo o rosto e se esquivando da imprensa, o ex-secretário Eder Moraes (PMDB) deixou a sede da Polinter em Cuiabá por volta das 11h30 deste sábado (9). Preferiu não falar com os jornalistas e também para evitar que fossem feitas imagens ou fotos, um carro utilitário foi colocado dentro do pátio da Polinter para Moraes entrar. De acordo com o advogado Paulo Lessa, Eder estava muito emocionado e ia para casa ficar junto da família.

A medida restritiva que o impedia de se aproximar de sua esposa, Laura Tereza da Costa Silva, também ré no mesmo processo, foi revogada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli.

De acordo com o advogado, Eder Moraes pretende falar com a imprensa no decorrer da próxima semana, mas neste sábado ele não faria qualquer declaração, pois estava emocionado e seguiria direto para o seu apartamento no condomínio Florais dos Lagos. Lessa sustenta que Eder está tranquilo e convicto de que vai provar sua inocência no processo onde é réu por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, fraudes e ocultação de bens.

Antes de ser preso no dia 20 de maio, quando a Polícia Federal deflagrou a 5 etapa da Operação Ararath, Eder Moraes estava trabalhando para ser candidato a deputado estadual pelo PMDB, mas agora depois da prisão que durou 80 dias, o advogado disse que Moraes não vai mais ser candidato nas eleições de outubro próximo.

A defesa acredita que a prisão decretada pelo juiz Jeferson Schneider da 5ª Vara federal de Cuiabá foi abusiva, mas comemorou a decisão do ministro Toffoli anunciada na noite desta sexta-feira (8) que concedeu o habeas corpus. A demora para a liberação de Eder, segundo o advogado, foi em virtude problemas na emissão do alvará de soltura que foi entregue na Polinter pelo oficial de Justiça por volta das 11h20 deste sábado.

Eder Moraes estava preso desde o dia 20 de maio quando foi alvo de um mandado de prisão cumprido pela Polícia Federal na 5ª etapa da Operação Ararath que é conduzida pela PF juntamente com o Ministério Público Federal e investiga supostos crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro atribuídos a políticos empresários e integrantes do Judiciário, do Ministério Público Estadual, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o governador Silval Barbosa (PMDB).

Moraes é apontado como principal operador de um esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro investigado na Operação Ararath que pode ter movimentado pelo menos R$ 500 milhões. Ele intermediava empréstimos junto às empresas Globo Fomento Mercantil e Comercial Amazônia Petróleo do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, para políticos e empresários.





Fonte: Rádio Pioneira com Gazeta

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