EUA retomam ofensiva aérea no Iraque neste sábado
Drones teriam destruído um tanque de guerra que estaria atirando contra civis
As Forças Armadas dos EUA anunciaram ter realizado neste sábado (9) quatro novos ataques aéreos contra militantes do autodenominado Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque.
Segundo um comunicado emitido pelos militares americanos, o objetivo da nova ofensiva seria defender integrantes da minoria religiosa Yazidi, que estariam sendo "atacados indiscriminadamente" perto da localidade de Sinjar.
De acordo com os EUA, em um primeiro momento caças e drones teriam destruído um tanque de guerra que estaria atirando contra civis.
Em seguida, os caças americanos teriam localizado e atacado outros tanques e veículos blindados.
Esta é a terceira rodada de ataques aéreos dos Estados Unidos contra alvos no Iraque desde a última sexta-feira.
O presidente americano, Barack Obama, autorizou os ataques argumentando que eles são necessários para defender minorias étnicas ameaçadas pelo EI.
A ofensiva marca uma novo envolvimento de forças americanas em operações militares no Iraque.
As tropas dos EUA deixaram o país no fim de 2011 e, em um pronunciamento neste sábado, Obama reiterou que não devem retornar.
O presidente americano também disse acreditar que levará "algum tempo" para que os Estados Unidos possam ajudar o Iraque a se estabilizar.
Segundo Obama, esse seria um "projeto de longo prazo", no qual seria necessário renovar e reabastecer as Forças Armadas iraquianas, além de conquistar o apoio das populações sunitas do país.
— Não acho que vamos resolver esse problema em semanas. Acho que isso vai levar algum tempo.
O avanço do EI tem forçado milhares de pessoas pertencentes a minorias étnicas a deixarem suas casas e se refugiarem nas montanhas do norte do Iraque.
O grupo hoje controla a maior usina hidrelétrica iraquiana, fonte de água e eletricidade para grande parte do país.
Em junho, quando o EI avançou sobre Mosul, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri Maliki, pediu a ajuda dos Estados Unidos para conter os insurgentes. Washington, porém, recusou-se a intervir.
Analistas afirmam que a ascensão dos rebeldes islâmicos, junto com o fracasso na formação de um novo governo após as eleições de abril, tenha forçado Obama a agir.
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