A produção da indústria brasileira registrou alta de 1,5% em agosto, na comparação com o mês anterior, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta terça-feira (2). O crescimento de 1,5% em agosto é o maior desde maio de 2011, quando fora de 1,6%. Os três meses de taxas positivas, que acumularam alta de 2,3%, eliminam as perdas de 1,8% registradas nos meses de março, abril e maio.
Na comparação com agosto de 2011, houve queda de 2% - a 12º taxa negativa seguida nesse tipo de análise. No ano, a taxa acumula recuo de 3,4% e, em 12 meses, queda de 2,9% - a mais intensa desde janeiro de 2010, quando chegou a -5%.
Na análise por setores, a pesquisa mostra que 20 dos 27 ramos registraram aumento na produção, com destaque para o de veículos automotores, que subiu 3,3%, puxado pelo crescimento na produção de automóveis. Essa é a terceira alta positiva seguida.Também tiveram influência sobre o resultado de agosto as altas das produções dos setores de alimentos (2,1%), fumo (35,0%), refino de petróleo e produção de álcool (2,5%), outros produtos químicos (1,9%), farmacêutica (3,1%) e material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (5,9%).
Na contramão, entre os ramos que reduziram a produção está o de setores de máquinas e equipamentos (-2,6%).
Na análise entre as categorias de uso, a de bens de consumo duráveis cresceu 2,6%, representando a maior alta no mês e acumulando alta de 9,4%. O segmento de bens intermediários cresceu 2,0% e o de bens de consumo semi e não duráveis, 1,2%. O setor produtor de bens de capital mostrou alta de 0,3% em agosto.
Desempenho no ano
No ano, a produção industrial mostrou taxas negativas em todas as categorias de uso, em 18 dos 27 ramos, em 48 dos 76 subsetores e em 57,5% dos 755 produtos pesquisados pelo IBGE. Entre os setores, o de veículos automotores, que mostrou queda de 16,3%, exerceu a maior influência negativa na formação do índice geral.
Contribuições negativas vieram também de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-16,9%), alimentos (-2,7%), metalurgia básica (-4,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,4%), máquinas e equipamentos (-3,1%), edição, impressão e reprodução de gravações (-5,5%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-11,1%), fumo (-16,6%), vestuário e acessórios (-11,5%) e borracha e plástico (-3,7%).
Por outro lado, entre as nove atividades que aumentaram a produção, estão os setores de outros produtos químicos (4,5%), refino de petróleo e produção de álcool (4,1%) e outros equipamentos de transporte (7,2%).
Sobre 2011
Em relação a agosto de 2011, a atividade fabril recuou em 16 dos 27 setores pesquisados, puxada por veículos automotores (-11,2%). Também exerceram influência negativa os setores de máquinas e equipamentos (-6,6%), edição, impressão e reprodução de gravações (-11,5%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-12,6%), metalurgia básica (-5,5%) e alimentos (-2,1%).
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