Rotação de culturas colabora para fitossanidade no plantio direto “A rentabilidade na agricultura é proporcional ao conhecimento aplicado por hectare”
Essa é a afirmação do gestor de Área Técnica da Cooplantio, do Rio Grande do Sul, Dirceu Gassem, durante o 14º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha, no Centro de Convenções de Bonito-MS. O evento segue até amanhã (14).
Segundo o gestor, a diversidade é responsável pelo equilíbrio da flora, contribuindo para o controle das pragas e doenças. “99% da biomassa na terra é feita de vegetais e apenas 1% é de animal. Ou seja, quem define a flora e a seleção natural de pragas e doenças ou mesmo o equilíbrio é a cobertura vegetal. Quanto maior a diversidade, maior o equilíbrio biológico. O plantio direto colabora para esse equilibro na medida em que o produtor não faz mais a queima da palha nem a aragem da terra”, disse.
Dirceu complementa que o controle de pragas depende exclusivamente do conhecimento a cerca de cada sanidade que atacam as diversas culturas. “Nesse sentido, a lavoura de alto rendimento e a sanidade das plantas depende de pessoas com conhecimento, com habilidade e atitude. É preciso conhecer cada praga, saber como funciona para aplicar o manejo correto”, afirma Dirceu.
A rotação de culturas no plantio direto também colabora com a sustentabilidade e com o planejamento da atividade, possibilitando investimentos na propriedade, com menor risco financeiro. “A técnica contribui para manter bons níveis de produtividade, com mínimo de impacto ao meio ambiente, com menor dependência de insumos, reduzindo, assim, os custos de produção, permitindo uma regularidade de caixa do produtor”, disse o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Julio César Salton.
Sobre o encontro – O 14º Encontro Nacional do Plantio Direto na Palha ocorre a cada dois anos, sempre em uma região produtora em destaque no Brasil. A programação contará com painéis cujos temas são voltados à técnica do plantio e seus benefícios, bem como palestras e debates sobre fitossanidade, manejo adequado do solo, entre outros assuntos. O plantio direto na cana-de-açúcar também será discutido, tendo em vista a crescente produção sucroenergética no Estado.
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