Investimento para atender a demanda russa deve ser bem planejado Entre janeiro e junho, vendas externas para a Rússia corresponderam a 48,08% do total em receita
A notícia da ampliação das vendas para a Rússia cria uma oportunidade ao setor de suínos brasileiro, mas os investimentos para incremento de produção a fim de atender a demanda devem ser bem planejados, diz o vice-presidente de suínos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Rui Vargas.
Segundo ele, a Rússia é um mercado que compra bons volumes e remunera bem, mas está sujeito a "instabilidades". "Já tivemos suspensões inexplicáveis. Em 2006, aumentamos nossa produção para atender ao mercado e dois, três anos depois a Rússia desiste de comprar o volume prometido. O embargo de junho de 2011 dos três Estados (Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná) deixou o setor em uma situação ruim, apesar de conseguirmos escoar parte da produção para Venezuela, Ucrânia, Angola, Hong Kong", lembrou. "Essa recente decisão das autoridades russas cria oportunidades, mas caberá a cada empresa avaliar os riscos a todas essas questões", completou.
Vargas disse que desde a semana passada a Rússia autorizou mais seis unidades brasileiras de carne suína a exportar ao país. "Ainda fica difícil mensurar quanto teremos de incremento de vendas, porque precisamos transformar as notícias em negócios. Mas o gesto da intenção é muito positivo", afirmou. Conforme dados da ABPA, entre janeiro e junho a Rússia respondeu por 48,08% das vendas externas de carne suína em receita e 35,51% em volume, sendo o principal destino das vendas ao País.
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