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Terça - 02 de Outubro de 2012 às 11:26
Por: Jonas da Silva

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A crítica de apoiadores investigados pela Justiça para desgastar adversários e a apresentação de propostas para a administração de Cuiabá foram os principais pontos do debate desta segunda-feira à noite na TV Record. Quase todos os cinco concorrentes presentes ao debate deram "cutucões" um no outro, de forma direta ou não.

Os temas abordados com propostas foram saúde, educação, receitas públicas, moradia e controles e combate à corrupção. Os primeiros colocados nas pesquisas Lúdio Cabral (PT) e Mauro Mendes (PSB) foram os principais focos de ataques de adversários devido seus aliados.

A partir do início de questionamentos no segundo bloco do debate de duas horas, ficou evidente a exploração dos apoios entre os candidatos e má conduta como homem público. O candidato Guilherme Maluf (PSDB) foi o primeiro a fazer pergunta.

Ele pediu para Lúdio explicar a moralidade na gestão pública e o fato de o vice-presidente Michel Temer (PMDB) ter utilizado um jato da Construtora Cowan, com contrato com o governo federal, para fazer campanha para o petista em Cuiabá há 20 dias.

"O vice-presidente veio pela orientação do diretório nacional, que irá providenciar todas as documentações para prestação de contas. Precisamos fortalecer o orçamento participativo e carreiras de controladoria, ouvidoria para fiscalizar a gestão pública", explicou Lúdio.

O mesmo Maluf ainda aproveitou para alfinetar Mauro sobre incentivos fiscais duvidosos para sua empresa. Mauro afirmou que a política pública é legal e que vai "dar incentivo para empresa que contratar jovem, mulher e portador de necessidade e reduzirá IPTU para criar emprego".

Maquinários

Coube ao procurador Mauro César Lara Barros (PSOL) lembrar o apoio de Mauro com o ex-governador e senador Blairo Maggi (PR) e a investigação no final da sua gestão sobre desvio de R$ 44 milhões na compra de máquinas e equipamentos para municípios, o que ficou conhecido por "Escândalo de Maquinários". Mauro afirma que o senador Maggi não é investigado no caso e ele pessoalmente é contra corrupção. O procurador afirma que Maggi é investigado sim.

O candidato Carlos Brito mandou uma indireta para Lúdio ao perguntar para Maluf a análise dele sobre "pessoas que não são afeitas a práticas de administração pública", numa crítica velada às denúncias do governo Silval, apoiador do petista.

O concorrente do PSDB não se fez de rogado. Em indireta sobre o apoio do ex-secretário Eder Moraes, Maluf sentenciou que "há apoios no papel de conselheiro em algumas candidaturas" e completou que "não tem dúvida de que a cobrança vem em seguida e será lesiva ao erário público".

Eder quando secretário de Fazenda do governo enfrentou questionamentos sobre desvio na conta única e era titular da agência da Copa do Mundo (Agecopa, atual secretaria) quando da compra pelo governo de 10 conjuntos de veículos Land Rover com tecnologia para patrulhar a fronteira com a Bolívia.

Saúde

Mas Mauro também aproveitou para tentar desgastar Lúdio sobre a má gestão do governo Silval Barbosa (PMDB), aliado petista. Ele questionou a presença de Organizações Sociais de Saúde (OSS) e sua opinião sobre o apoio do governador. O candidato do PT reafirmou que é "contra OSS e que o alinhamento com o governo Silval é uma qualidade" da sua candidatura para obter recursos da União, se eleito.

O procurador Mauro também tocou no tema em pergunta para Lúdio sobre atrasos nos repasses da Secretaria Estadual da Saúde e pediu para ele apontar culpado. Lúdio afirmou que "que o secretário estadual de Saúde e o governo é que devem responder" e que o caso não tem a ver com sua campanha.

Uma pergunta comum norteou a abertura do debate, sobre meio ambiente, que todos os candidatos responderam com propostas.

Coleta de lixo melhor (Mauro), arborização da cidade para eliminar ilhas de calor (Lúdio), remunicipalização da Sanecap (procurador Mauro), ampliação do tratamento de esgoto (Maluf) e programas de conscientização ambiental e dar incentivos fiscais a quem colaborar com o meio ambiente (Brito) foram as respostas.

Entre outras propostas, Brito também apresentou a ideia de um programa que contemple a regularização fundiária de título, além de construção de casas próprias, principalmente para famílias de baixa renda e remoção delas de áreas riscos.






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