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Domingo - 07 de Setembro de 2014 às 22:54

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O deputado estadual José Riva (PSD) atribui alto índice de eleitores indecisos, que vem sendo apontado nas pesquisas de intenção de voto para o governo do Estado, à indefinição jurídica de seu registro de candidatura.

Para o social-democrata, muitos eleitores mato-grossenses ainda não se posicionaram quanto ao pleito de outubro deste ano, aguardando uma definição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Se você observar, o estado de Mato Grosso ainda possui 30% de indecisos. O estado de São Paulo tem 18% de indecisos. Isso significa que há um represamento em relação a esta eleição, especialmente em função do meu registro não estar deferido. Com dez dias de registro vamos alcançar o primeiro colocado e ir para o segundo turno”, analisa.

A expectativa é de que seu caso seja apreciado na próxima semana pela Corte Eleitoral Suprema. O parlamentar tenta reverter a decisão de primeira instância, a qual negou o seu registro de candidatura com base na Lei da Ficha Limpa. Isto porque o deputado possui quatro condenações em órgãos colegiados por ato de improbidade administrativa.

Riva afirma que a demora no julgamento de seu recurso está causando uma insegurança em seu grupo político, mas garante que isto não está prejudicando o ritmo de sua campanha.

“Espero que esta situação seja solucionada o mais rápido possível, porque isto causa uma intranquilidade, uma insegurança. Mas eu estou muito feliz com a forma como está a campanha, porque se eu estivesse com o meu registro deferido, sem nenhum questionamento, com certeza estaria muito melhor”, disse.

O social-democrata ainda acredita que não perderá votos por conta desta indefinição. “Eu sou um cara diferenciado, posso perder apoiador, mas não perco eleitor. O cara que vai votar em mim pode, no mínimo, estar quieto, mas não declara voto para outro”, pontua.

De acordo com ele, assim que o TSE se posicionar quanto ao seu recurso seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto irá melhorar. “A minha campanha ainda nem começou de fato e já estou aí dando um sufoco neles. Eles já estão com medo de mim, imagina se tivesse começado. Então eu espero que com registro deferido nossa campanha deslanche”.

Riva ainda vai mais além e afirma que se já tivesse garantido o registro de sua candidatura, venceria o senador ainda no primeiro turno.

“Nós temos toda a condição de chegar ao segundo turno. Lógico que se nosso registro saísse dia sete de agosto nós íamos vencer no primeiro turno, agora com o registro chegando na semana que vem ainda dá tempo de virar a eleição”, conclui.

Para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Riva não pode disputar a eleição, uma vez que possui quatro condenações em órgãos colegiados, o que o enquadra como ficha-suja. A defesa do deputado, entretanto, não concorda com a tese do órgão, por isso impetrou um recurso junto ao TSE. O relator do processo é o ministro João Otávio de Noronha. Ele já tem em mãos um parecer da Procuradoria Geral da República que o aconselha a indeferir o pedido de Riva.

No documento, o procurador Rodrigo Janot admite que a tese da defesa do social-democrata, de que só pode ser enquadrado como ficha-suja aquele que houver condenações por dolo, enriquecimento ilícito e dano ao erário, está correta. No entanto, afirma que as condenações do parlamentar deixam explicita a prática dos três requisitos. Diante disso, Janot ainda considera como imoral a intenção de Riva disputar o comando do Palácio Paiaguás tendo condenações em colegiado por improbidade.





Fonte: Do DC

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