Japoneses afirmam estar de olho na carne bovina de Mato Grosso
O Japão afirmou na última semana, durante visita à Mato Grosso, estar de olho na abertura de portos para a carne bovina do estado. Na sexta-feira (05) dois agentes da Agriculture & Livestock Industries Corporation (Alic), agência do Japão responsável pela segurança alimentar e pela indicação de novas parcerias comerciais, estiveram no estado visitando propriedades e conhecendo de perto como funciona a produção pecuária mato-grossense.
Os dois agentes estiveram reunidos com a diretoria da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) na sexta-feira e ainda visitaram uma propriedade rural em Poconé.
Hoje, Mato Grosso possui um rebanho de aproximadamente 28,5 milhões de cabeças de bovinos.
Em 2014, até julho, saíram do estado 164,9 mil toneladas de carne bovina, volume superior as 135,8 mil toneladas enviadas entre janeiro e julho do ano passado. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) o Japão ainda não é cliente de Mato Grosso no que diz respeito à carne bovina.
“Estamos também de olho nesse negócio, mas precisamos saber como funciona a pecuária e qual a condição atual da sanidade animal depois que foi constatado o mal da vaca louca no Paraná, em 2012”, comentou o analista da Alic, Kenta Yonemoto. Segundo ele, o Japão entende que o Brasil é um dos grandes exportadores de carne bovina e que Mato Grosso é o maior responsável por tal fato. "Por isso, decidimos visitar o estado para conhecer de perto a realidade do setor”, completa.
De acordo com o presidente da Acrimat, José João Bernardes, a vinda dos dois agentes do governo japonês só comprova que Mato Grosso consegue atender as exigências do mercado exterior, em especial no que diz respeito ao aspecto sanitário.
O diretor executivo da Alic, Hiroto Takahashi, comentou ter ficado impressionado com a qualidade do rebanho e que era a primeira vez que via uma propriedade rural de perto. "É muito diferente do que tinha imaginado.O custo de produção é bem inferior ao que vimos nos Estados Unidos. Porém, o custo Brasil, cujo conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem o investimento no país, atrapalham as relações comerciais com o Japão”.
Além de Mato Grosso, os agentes visitaram ainda São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Brasília.
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