PM deve ir a júri em Cuiabá pelo assassinato de três adolescentes Triplo homicídio ficou conhecido como 'Chacina do Candeeiro'. Réu também será julgado pelo crime de tentativa de assassinato.
Dezesseis anos após o assassinato de três adolescentes no centro de Cuiabá, o acusado de ter sido o executor do crime, o policial militar Adeir de Souza Guedes Filho, de 49 anos, deve enfrentar o banco dos réus. O julgamento está previsto para ocorrer no dia 17 de setembro, às 14h, no Fórum de Cuiabá. O caso ficou conhecido como 'Chacina do Candeeiro'. O advogado do réu afirma que o acusado, que está solto, é inocente.
O réu será julgado por homicídio qualificado – motivo torpe e impossibilidade de defesa das vítimas - e por tentativa de homicídio. Os crimes ocorreram no dia 10 de julho de 1998, por volta das 20h, na rua 27 de Dezembro, local conhecido como Beco do Candeeiro, no Centro Histórico da capital mato-grossense.
Conforme a denúncia, o PM - que não está na ativa - usou uma pistola para atirar contra quatro menores de idade que estavam na via. Três deles, de 13, 15 e 16 anos de idade, morreram no local. Um sobreviveu porque conseguiu fugir. Os três mortos viviam nas ruas e seriam dependentes químicos. O que conseguiu fugir também seria morador de rua.
Um pedreiro e um acusado de tráfico de drogas chegaram a ser presos por suspeita de participação no crime, mas foram soltos por falta de provas. Filho foi denunciado como o executor do assassinato cerca de cinco anos depois das mortes.
Outro lado
O advogado do réu, Marciano Xavier das Neves, diz que a tese da defesa será a negativa de autoria. “Esse processo é bastante nebuloso. Começou com outros acusados e, muito tempo depois, acusaram o Filho. Não há provas de que foi ele”, disse.
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