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Quarta - 10 de Setembro de 2014 às 07:23

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Beneficiada por uma decisão judicial, a enfermeira Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo Boldrini, foi autorizada a trabalhar dentro da Penitenciária Estadual de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), desde segunda-feira (8) a ré ganhou a permissão para exercer atividades de artesanato na casa prisional.

Graciele está presa desde abril, acusada de participar do assassinato do seu enteado, Bernardo Boldrini, de 11 anos. O corpo de menino foi localizado no dia 14 de abril em um matagal na área rural de Frederico Westphalen, a cerca de 80 quilômetros de Três Passos, onde ele morava com a família. O menino estava desaparecido desde 4 de abril. Além da madrasta, também são réus o pai do menino, Leandro Boldrino, a amiga de Graciele, Edelvania Wirganovicz, e o irmão dela, Evandro Wirganovicz.

A Susupe detalhou que a possibilidade de trabalhar na casa prisional é rotineiramente ofertada aos apenados, mas depende de autorização da Justiça. O órgão, porém, ainda não confirma se as atividades laborais podem reduzir uma eventual pena aplicada à ré, que ainda aguarda julgamento. A produção de artesanato nas cadeias gaúchas costuma ser enviada a feiras locais. Ainda conforme o órgão, em geral, três dias de trabalho podem significar um dia a menos na pena a ser cumprida pelos detentos.

Entenda

Conforme alegou a família, Bernardo teria sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No dia 6 de abril, o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.

No início da tarde do dia 4, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.

O pai registrou o desaparecimento do menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. No dia 14 de abril, o corpo do garoto foi localizado. Segundo as investigações da Polícia Civil, Bernardo foi morto com uma superdosagem de um sedativo e depois enterrado em uma cova rasa, na área rural de Frederico Westphalen.

O inquérito apontou que Leandro Boldrini atuou no crime de homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele. Ainda conforme a polícia, ele também auxiliou na compra do remédio em comprimidos, fornecendo a receita. Leandro e Graciele arquitetaram o plano, assim como a história para que tal crime ficasse impune, e contaram com a colaboração de Edelvania e Evandro, concluiu a investigação.





Fonte: Do G1 RS

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