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Policia MT
Quarta - 10 de Setembro de 2014 às 09:25

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Tony Ribeiro/MidiaNews
Fachada do Alphaville Buffet, onde ocorreu a prisão em flagrante de suspeito de tráfico
Fachada do Alphaville Buffet, onde ocorreu a prisão em flagrante de suspeito de tráfico

O estudante universitário Roger Figueiredo Ferreira, 22, preso em flagrante com 40 selos de LSD na madrugada de domingo (7), durante a festa “Crème de la Crème”, no buffet Alphaville Prime, já foi encaminhado à Penitenciária Central do Estado (PCE), antigo Presídio Pascoal Ramos.

Ele foi ouvido pela Polícia Civil e deve responder a inquérito por tráfico de entorpecentes.

Um segundo suspeito de tráfico também foi preso em flagrante, na residência de Roger. Trata-se do universitário Everton Checon, de 24 anos. Na residência, em que moram juntos, foram encontrados mais 27 selos de LSD, além de uma quantidade de maconha. Ele também foi preso e encaminhado à PCE.

"O consumo nesses eventos, na verdade, é mais notório. Por isso estamos trabalhando numa frente de trabalho voltada a repressão desse tipo de substâncias com mais afinco, até porque o perfil do usuário e do traficante é diferente" O crime de tráfico de entorpecentes é inafiançável e o juiz Gonçalo Antunes de Barros Neto, da 9ª Vara Criminal Especializada em Delitos de Tóxico, decidiu pela conversão do flagrante dos dois suspeitos em prisão preventiva. Eles devem permanecer presos até o final do inquérito.

Segundo a delegada Juliana Chiquito Palhares, adjunta da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Roger foi preso no momento em que passava um dos 13 selos da droga a outro jovem, na festa.

“No momento em que foi preso em flagrante, nós o acompanhamos até a sua casa, uma espécie de república em que mora com outros estudantes, no Verdão, onde foram encontrados mais 27 selos de LSD”, afirmou.

A delegada afirmou que, na sequência, Roger prestou depoimento na DRE, onde afirmou à delegada ter conseguido os selos com um amigo, Everton.

“Na casa do Everton, encontramos mais 27 ‘pontos’ de LSD, além de pouco mais de 100 gramas de maconha e uma balança de precisão. Ele também foi encaminhado à DRE, onde prestou depoimento”, disse Palhares.

De acordo com a delegada, ambos afirmaram serem apenas usuários dos pontos apreendidos pela polícia e que não portariam os “doces” – como a droga é conhecida – para revendê-los.

"Assim como o álcool, há pessoas que usam essa droga, por exemplo, para conseguir sexo de uma maneira mais fácil, prolongar o prazer em uma relação sexual. E acham que realmente não são dependentes, que podem parar quando quiser" “O Roger afirmou ser usuário da droga há dois anos. Mas eles mesmo afirmaram que o preço de comercialização do selo varia de R$ 50 a R$ 80, que o valor varia de acordo com quem vende e com a aparência de quem quer comprar. Se o usuário parecer com um ‘playboy’, o traficante pode cobrar ainda mais caro”, disse.

A delegada afirmou que irá dar prosseguimento às investigações e que deve concluir o inquérito dentro de 30 dias, quando, então, a denúncia deverá ser oferecida à Justiça.

Perfil e repressão

Palhares afirmou que o consumo das chamadas drogas sintéticas – como o LSD e o ecstasy – é cada vez mais comum nas festas da Capital e que a DRE tem trabalho especificamente no combate a esse tipo de substâncias.

“O consumo nesses eventos, na verdade, é mais notório. Por isso estamos trabalhando numa frente de trabalho voltada a repressão desse tipo de substâncias com mais afinco, até porque o perfil do usuário e do traficante é diferente. Normalmente são jovens, bem apessoados, sem antecedentes”, afirmou.

De acordo com a delegada, a população tá acostumada a ver a apreensão de drogas como maconha e pasta base de cocaína no Estado, por isso se surpreende ao ver esse tipo de apreensão por parte da Polícia Civil.

“Mas elas precisam se conscientizar de que se tratam de drogas igualmente ilícitas. Que causam sérios danos à saúde e movimentam um valor alto no mercado. Por serem comercializada nessas festas e para um público específico, são chamadas de ‘drogas elitizadas’. Quem usa, não se acha um usuário de drogas, dependente químico”, explicou.

Palhares afirmou que, diferente do ecstasy, o LSD trata-se de um forte alucinógeno, cujo uso é justificado pelos usuários – normalmente jovens – como uma forma de “entrar em uma vibe diferente”.

“Eles dizem que usam para ficar em outra sintonia, tem uma sensação de ‘flash back’, e acabam sem analisar os riscos. Assim como o álcool, há pessoas que usam essa droga, por exemplo, para conseguir sexo de uma maneira mais fácil, prolongar o prazer em uma relação sexual. E acham que realmente não são dependentes, que podem parar quando quiser”, disse.





Fonte: Mídia News

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