Depois de 16 anos, bibliotecária se livra do mau hálito A halitose pode afetar a vida pessoal e profissional, mas o mal tem cura e, na maioria das vezes, envolve apenas higiene bucal adequada e mudança de hábitos
A bibliotecária Amanda Cristina* sofreu com a halitose por 16 anos. E a percepção do problema veio sozinha, observando a reação das pessoas ao conversarem com ela. “Dava para perceber elas se afastando”. Porém, em vez de procurar ajuda, Amanda se fechou em seu mundo. Não ia mais às festas de confraternização da empresa, nem viajava quando tirava férias. “Mal saía de casa. Eu tinha vergonha”.
E foi a ortodontista da ABHA, Karyne Magalhães, quem descobriu que os hábitos alimentares de Amanda estavam causando o mau hálito. “Eu sempre comi muita fritura, batata, frango, banana. E ainda por cima ficava mais de dez horas sem comer. Almoçava às 11h30 e depois só ia comer de novo às 23h. Não bebia quase nada de água e, quando bebia alguma coisa, era sempre refrigerante”, diz a paciente.
A especialista ensinou Amanda a melhorar sua higienização bucal e a incentivou a mudar radicalmente seus hábitos alimentares. “Cortei as frituras, bebo bem mais água e como a cada três horas. Depois de cinco meses de tratamento, tirei férias e fui para Porto Seguro e foi tudo de bom”, brinca Amanda.
Alcance geral
Segundo a ABHA (Associação Brasileira de Halitose), aproximadamente 30% da população brasileira sofre de halitose, cerca de 50 milhões de pessoas. No entanto, apesar desse alto índice, o mau hálito tem cura e não é difícil tratá-lo, basta procurar ajuda especializada para solucionar o problema e alterar alguns hábitos.
* Para preservar a identidade da entrevistada, o Terra mudou o nome da bibliotecária.
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