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Cidades/Geral
Quarta - 10 de Setembro de 2014 às 18:54

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O Governo do Estado, por meio da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), irá acionar o empresário José Seixas da Silva, proprietário da Soloenge Geologia de Engenharia e Meio Ambiente, em razão das afirmações feitas por ele ao Ministério Público Estadual (MPE), como parte do inquérito que apura irregularidades na construção da Trincheira Santa Rosa, na Avenida Miguel Sutil.

"Acusações feitas de forma irresponsável, sem provas e que geram insegurança e medo na sociedade são inaceitáveis" Por meio de nota enviada por sua assessoria, a pasta gerida por Maurício Guimarães informa que a ação será movida na Justiça Estadual e no registro de classe do geólogo junto ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-MT), “pelas declarações mentirosas e por incitar o pânico na população”.

“Acusações feitas de forma irresponsável, sem provas e que geram insegurança e medo na sociedade são inaceitáveis. Para acabar com especulações e qualquer dúvida sobre a segurança e a qualidade, o Governo do Estado fará uma auditoria em todas as obras com a contratação de uma empresa independente”, diz trecho da nota.

Durante depoimento ao promotor Gerson Barbosa, responsável pela condução do inquérito, o empreiteiro – que prestou serviço em obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e em três trincheiras da Perimetral – afirmou que “os usuários estão correndo risco”.

Segundo o empresário, faltam projetos básicos, há falha no cálculo de cargas, não atendimento de normas técnicas, inadequação de materiais e possibilidade de rupturas e desmoronamentos.

Em seu depoimento, José Seixas afirmou “que está preocupado com as ausências de projetos e de observâncias de NBRs, não só como empresário, mas também como cidadão, tendo em vista que, até prova em contrário, todos os usuários estão correndo risco”.

“[...] basta citar o ocorrido em Belo Horizonte, em que o desabamento de um viaduto ocasionou mortos e feridos”, disse o empresário, no depoimento.

Cancelamento da ART

Devido às ilegalidades supostamente constatadas, Seixas afirmou que estuda meios legais para cancelar a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) que assinou em relação às obras das trincheiras da Miguel Sutil e da Trincheira do KM Zero – obra que integra o pacote de implantação do VLT.

A Secopa afirmou que o geólogo demonstrou “irresponsabilidade profissional” ao dar o aval à edificação e “só fez o ‘alerta’ para o risco de perigo no mês de julho de 2014, um mês após a obra [trincheira Santa Rosa] ter sido liberada para o trânsito”.

“A Secopa esclarece que há relatórios técnicos e controles tecnológicos que atestam a qualidade do serviço realizado e a segurança das obras em questão”, afirma a pasta, na nota.





Fonte: Mídia News

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