Mercado náutico é prejudicado pelo longo período de estiagem em SP Departamento hidroviário de São Paulo estima prejuízo de R$ 700 milhões. Além da queda na venda de barcos, criadores de peixes foram prejudicado
No interior de São Paulo, a estiagem encalhou os negócios em vários setores que dependem do rio Tietê. Na hidrovia Tietê-Paraná, o transporte de carga continua paralisado. Hoje, o rio já está 6 metros abaixo do nível normal. O departamento hidroviário do estado de São Paulo estima um prejuízo em torno de R$ 700 milhões.
Uma indústria de navegação responsável por um terço do volume de carga transportado pela hidrovia já demitiu 900 funcionários. "Mais de 90% já foram dispensados e oe sque sobraram estão apreensivos porque o serviço está pequeno e restrito", explica José Gheller, engenheiro de produção.
Criadores de peixes que dependem dos rios também estão no prejuízo deixando de faturar. De acordo com a associação de psicultores da região, o prejuízo já chega a R$120 milhões, o que representa uma queda de 40% na produção em relação ao mesmo período do ano passado.
As lojas especializadas no mercado náutico também já sentem os efeitos dessa seca. Em um estabelcimento, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, uma das maiores do país, as vendas de barcos e lanchas nos últimos meses caíram 50%.
E, para tentar sobreviver a essa maré baixa, o jeito foi adotar algumas medidas de emergência, como demitir 20 funcionários e fechar um dos pontos de vendas na cidade.
Em outra loja, o nível baixo dos rios também afastou os clientes que já não aparecem mais. O quadro de funcionários já foi reduzido e novos cortes podem ocorrer. "Se o mercado não reagir provavelmente a gente pense em demitir mais funcionários", diz Vitor Martimiano, gerente da loja.
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