Motivados pela Ararath, Lúdio Cabral e Wellington quebram sigilos
Os candidatos ao governo e senado da coligação ‘Amor a Nossa Gente’, Lúdio Cabral (PT) e Wellington Fagundes (PR), não foram provocados diretamente por nenhum adversário, mas resolveram registrar hoje (11) um documento quebrando os seus respectivos sigilos bancários e fiscal, assim como de suas mulheres e filhos. O ato aconteceu no Cartório do 1º Ofício, na Avenida Getúlio Vargas, em Cuiabá. A ação, na prática, é uma resposta ao discurso de transparência de Pedro Taques (PDT) e Rogério Salles (PSDB), principais concorrentes na eleição de 2014.
Lúdio Cabral afirmou que a quebra do sigilo dos candidatos é um ato concreto de transparência. “É muito fácil fazer o discurso de transparência. Nós temos que demonstrar isso objetivamente. Um dos caminhos que eu e o Wellington escolhemos para fazer isso é esse ato de abrir o nosso sigilo bancário e fiscal para qualquer cidadão possa investigar a nossa trajetória. Uma decisão espontânea. Eu espero que os nossos adversários façam o mesmo”, afirmou o candidato.
O petista avaliou que garantir idoneidade é um dever dos candidatos e passou a ser importante desde a realização da operação Ararath, que investiga um esquema de fraudes financeiras envolvendo várias figuras importantes da política local. “Eu tenho a certeza da lisura da minha trajetória e da trajetória do Wellington, agora, depois da Ararath a população quer saber melhor sobre a vida dos candidatos. Existe muita informação nos bastidores sobre o envolvimento de candidatos a governador nas investigações”, observou.
Durante o protocolo da quebra do sigilo, Lúdio Cabral ainda comentou a relação da família Maggi, que investe dinheiro na campanha de Pedro Taques, com a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT). “É uma posição contraditória. Quem financia a campanha de Pedro Taques atua contra a campanha da Dilma. Pedro Taques é adversário do candidato da Dilma em Mato Grosso e adversário da Dilma em Mato Grosso. Está claro que o Taques é o candidato dos bilionários e que essas doações não são por conta da cor dos olhos dele. Esses investidores não estão preocupados com a saúde da população, estão preocupados apenas com os seus interesses”, disparou Lúdio.
Deputado federal por 6 mandatos, Fagundes enfatizou que durante os mais de 20 anos de vida pública nunca teve uma conta de campanha reprovada e nem responde a nenhum processo. “Eu nunca assinei nada sem saber, sempre defendi a quebra do sigilo e que também não existe foro privilegiado. Estamos colocando a quebra do meu sigilo, da minha esposa e dos meus dois filhos, pois um homem público tem a obrigação sim de dar abertura para a população”, afirmou o parlamentar.
Fagundes criticou o seu principal adversário, Rogério Salles, pela postura adotada diante da denúncia de que é investigado por venda de ações da Cemat, em processo do Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Primeiro disse que não tinha assinado, depois foi comprovado em cartório que ele assinou, o tabelião afirma que foi no gabinete para colher as assinaturas. Depois ele disse que não sabia o que ele assinou. Como é que pode um homem público, que teve um cargo de vice governador e assumiu o mandato de governador, vender o patrimônio de forma vil”, lamentou Fagundes.
Comentários