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Internacional
Quinta - 11 de Setembro de 2014 às 17:14

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A Rússia advertiu que qualificará como "ato de agressão" qualquer ataque aéreo dos Estados Unidos contra o grupo jihadista EI (Estado Islâmico) em território sírio sem a prévia autorização do governo da Síria ou do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), segundo declarou nesta quinta-feira (11) o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Lukashevich.

O diplomata russo afirmou que "há fundamentos para pensar que em tal caso as forças governamentais sírias também podem ser atacadas, com a consequente escalada de tensão" em toda a região.

"O presidente dos Estados Unidos falou diretamente sobre a possibilidade de ataques das Forças Armadas dos EUA contra posições do Estado Islâmico na Síria sem o consentimento do governo legítimo”, disse o porta-voz russo.

“Essa medida, na falta de uma decisão do Conselho de Segurança da ONU, seria um ato de agressão, uma grave violação da lei internacional.”

Em uma entrevista coletiva pouco antes, o porta-voz afirmou que o combate aos militantes islâmicos na Síria e no Iraque só deve ser realizado em conformidade com o direito internacional e com o respeito pela integridade territorial dessas nações.

"É essencial combater esse mal em estrita conformidade com as práticas do direito internacional, as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e as outras da ONU em geral ... e com estrito respeito pela integridade territorial da Síria e do Iraque", disse Lukashevich.

Na quarta-feira (10), Barack Obama afirmou ter autorizado os ataques aéreos na Síria pela primeira vez e mais incursões no Iraque, uma escalada da campanha contra o Estado Islâmico, que assumiu o controle de vastas áreas dos dois países.

Os países ocidentais descartaram a possibilidade de trabalhar com o presidente sírio, Bashar al Assad, dizendo que ele contribuiu indiretamente para que o grupo radical sunita crescesse, ao enfraquecer outros grupos de oposição.

Obama, que deve presidir uma conferência de segurança com outros líderes na Assembleia-Geral da ONU dentro de duas semanas, não fez menção à busca de um consenso internacional para agir na Síria.





Fonte: Do R7, com agências internacionais

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