Repórter News - reporternews.com.br
Politica MT
Sexta - 12 de Setembro de 2014 às 14:16

    Imprimir


O ex-secretário de Fazenda, da Casa Civil e da Copa Eder Moraes, réu em processo referente à Operação Ararath, voltou a jurar inocência e a dizer que é vítima de um show pirotécnico. “Chegaram seis horas na minha casa chutando a porta. Com arma em punho direcionada para minha cama, onde estava eu e minha esposa (Laura Dias). Foram no quarto dos meus filhos com arma em punho, será que teria essa necessidade?”, reclamou sobre a sua prisão. Ele é acusado lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro.

Eder, que já foi o homem forte dos governos Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB), aproveitou o programa Resumo do Dia, apresentado por Roberto França, exibido na noite desta quinta (11), para contrapor acusações e garantir que jamais cometeu qualquer ato ilegal. “Fui preso, porque diziam que eu tinha influência para mover montanhas”, ironizou.

Durante cerca de 1h, ele se disse vítima de perseguição e saiu em defesa de Maggi. "É um homem probo, decente, honesto, não paira sobre ele nada sobre a conduta dele no governo". O nome do ex-governador também foi citado nas investigações da Ararath.

Acompanhado da esposa Laura Tereza da Costa Dias, que também é processada, e do seu advogado Ronan Oliveira, o ex-secretário contou ainda detalhes sobre as oito horas de depoimento à PF, quando foi preso. Relata que se deparou com 2.201 páginas de documentos apreendidos, entre eles notas promissórias dele e de outros políticos do Estado.

Na ocasião, segundo Eder, se limitou apenas a falar sobre o que era de sua responsabilidade. “Eu tenho notas assinadas por mim que são negócios privados. E foi interpretada como se fosse operação pública. E em relação aos outros nomes que estão lá, cada um tem que responder por si”, disparou o ex- secretário, sem citar nomes.

Se de um lado ele saiu em defesa de Maggi, de outro preferiu não falar sobre qualquer assunto relacionado ao governador Silval. De todo modo, ele garantiu que jamais falsificou documentos públicos ou promoveu os crimes de lavagem de dinheiro e de gestão fraudulenta.

Outros escândalos

Eder aproveitou para comentar sobre o seu envolvimento em outros escândalos como o das Cartas de Crédito e o do Maquinário. Sobre o primeiro, disse apenas que tinha que pagar dívidas do Estado. Já em relação às compras de máquinas para os 141 municípios, Eder voltou a afirmar que comandava a Secretaria de Fazenda e, portanto, apenas aprovou o limite de crédito. “Os demais procedimentos se dão na área fim, neste caso na Secretaria de Infraestrutura e na Secretaria de Administração, então sou também sou inocente”.

Ainda sobre os maquinários, assegurou que o senador Blairo Maggi é inocente e que o único que responder qualquer pergunta sobre isso é o ex-secretário de Administração Geraldo De Vitto. Na época, conforme a Auditoria Geral do Estado, houve um um superfaturamento de R$ 44,4 milhões no preço global dos equipamentos adquiridos pelo Estado em relação aos preços praticados no mercado. Tanto Eder como Blairo Maggi foram inocentados em abril pelo então juiz federal Julier Sebastião da Silva.





Fonte: RD News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/401266/visualizar/