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Cidades/Geral
Sábado - 13 de Setembro de 2014 às 23:43

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Denúncias do diretor-clínico do Pronto-Socorro de Várzea Grande apontam o “caos” instalado na unidade de saúde, que em condições precárias, coloca em risco a vida dos pacientes. O documento foi encaminhado ao Conselho Regional de Medicina (CRM) que vistoriou o local pela quarta vez este ano e encontrou mais uma vez corredores abrigando pacientes, falta de medicamentos e insumos, além de mão de obra em quantidade insuficiente para atender a demanda.

Diante da denúncia, o presidente do CRM, Gabriel Felsky, aponta que determinou uma fiscalização no PS para constatar a veracidade das informações, a quarta na unidade este ano. “Infelizmente o cenário não muda e isso ocorre porque a saúde não é um assunto prioritário para o Poder Público de Mato Grosso”.

O CRM tem papel fiscalizador e as informações colhidas na vistoria do Pronto-Socorro foram encaminhadas para o Ministério Público do Estado e Federal (MPE e MPF), Secretaria de Estado de Saúde (SES), Ordem dos Advogados do Brasil OAB/MT), Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed).

No ofício, o diretor-clínico Edson Anchieta frisa que as condições do PS perduram ao longo do tempo e os problemas são generalizados, assim como ocorre no restante do país. Aponta que além da falta de leitos suficientes para atender a demanda da cidade e entorno, o hospital sofre com a falta de exames laboratoriais e de imagem em tempo e hora necessários.

Conforme o documento, médicos e pacientes sofrem ainda com a ausência de insumos como “vários tipos de sondas, tubos endotraqueais, campos operatórios, atadura gessada, compressas cirúrgicas, fitas adesivas, de dextro, luvas cirúrgicas, máscaras, gases, gesso, materiais de limpeza e esterilização”, segundo descreve o documento encaminhado ao CRM.

Antibióticos, sedativos, analgésicos, antinflamatórios, broncodilatadores, entre outros medicamentos também estão em falta e “devido à irregularidade de fornecimento e aquisição somos levados a constante suspensão de cirurgias e procedimentos e expostos a descontinuidade de tratamento, especialmente antibioticoterapia e risco eminente de perda de vidas”, cita trecho do ofício.

O diretor-clínico lembra ainda que a estrutura do Pronto-Socorro de Várzea Grande foi construída há mais de 25 anos, quando a cidade contava com um terço do atual número de habitantes. Hoje, o mesmo espaço conta com 200 leitos e faz cerca de 18 mil atendimentos por mês nas mais diversas especialidades médicas, dispondo de um corpo clínico formado por 192 médicos, sendo 45 contratados, 30 prestadores de serviços para empresas terceirizadas e 117 concursados.

O documento relata ainda a ausência de funcionários de apoio nas áreas de segurança, fisioterapia, enfermagem, maqueiros e de vários outros setores.





Fonte: Do DC

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