Polícia libera "laranjas" e mantém conselheiro e esposa presos Segundo o delegado, essas pessoas não oferecem risco para a comunidade
A Polícia Civil decidiu liberar as 20 pessoas apontadas como “laranjas” por envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro público, nas secretarias de Cultura de Cuiabá e do Estado de Mato Grosso.
Essas pessoas foram foram ouvidas e liberadas pelo delegado Gianmarco Paccola, da Delegacia Fazendária (Defaz), que comandou, na segunda-feira (15), a Operação Alexandria.
Somente o conselheiro Alceu Marcian Cazarin e sua esposa, Elaine Cristina da Silva Naves, permanecem presos na delegacia.
Considerados como "cabeças" do esquema, o casal deve ser transferido, ainda nesta semana, para uma penitenciária de Cuiabá.
Segundo o delegado, as pessoas que foram liberadas não oferecem risco para a comunidade e se comprometeram a ajudar a Polícia, na sequência da operação.
Paccola afirmou que os interrogados estão colaborando e contaram como funcionava o esquema.
“Por estarem colaborando, contando detalhes de como o esquema funcionava, eles ganharam a liberdade, mas ficarão à disposição da Polícia”, disse Paccola.
Foram expedidos 25 mandados de prisão temporária (cinco dias), mas apenas 22 pessoas foram presas.
Entre os “laranjas” envolvidos, estão empregadas domésticas, militares do Exército Brasileiro, personal training, zeladores e frentistas.
“Eles emprestavam os nomes e as contas e o conselheiro depositava o dinheiro do projeto nessa conta, deixando apenas 2% ou 3% para os ‘laranjas’. O restante do dinheiro era desviado e os projetos nunca saíram do papel”, disse o delegado.
Entenda o caso
A operação, que ganhou o nome de "Alexandria", foi deflagrada na manhã de segunda-feira.
Dois conselheiros de Cultura do Estado, Alceu Marcial Cazarin, que foi preso juntamente com a esposa, Elaine Cazarin, E edro Luis Damas da Cunha e sua esposa, identificada apenas como Larissa, foram conduzidos coercitivamente.
No total, o grupo é acusado de ter desviado R$ 1 milhão, de um montante de R$ 5,3 milhões, que foram investidos no segmento pelas secretarias de Cultura de Cuiabá (R$ 1,3 milhão) e do Estado (R$ 4 milhões).
As prisões foram feitas em Rondonópolis (1), São José dos Quatro Marcos (1) e em Cuiabá (16).
Os demais suspeitos seguem foragidos e todos devem ser indiciados pela Polícia Civil.
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