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Cidades/Geral
Sábado - 20 de Setembro de 2014 às 13:27

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A falta de medicamentos utilizados no tratamento de pessoas portadoras do vírus HIV está preocupando pacientes e médicos de Mato Grosso, já que deixar de tomá-los por um dia pode resultar em sérios danos à saúde. A distribuição dos remédios está comprometida desde a última semana devido à greve dos funcionários da Central Estadual de Abastecimento de Insumos de Saúde (Ceadis).

Antes de chegar aos pacientes do Estado, os medicamentos saem de Brasília. De acordo com um médico da rede pública – que não quis se identificar - o último medicamento utilizado no tratamento foi entregue na quinta-feira (18), mas ele garantiu que há unidades no almoxarifado da Ceadis.

A situação preocupa a soropositiva Kátia Damascena, que uma vez no mês vai até as farmácias autorizadas buscar pelos medicamentos. “A situação é grave e está colocando em risco a sequência do tratamento de diversas pessoas”, lembrou.

Segundo ela, os médicos ressaltam a importância de não se esquecer de tomar o medicamento. “É como o remédio de pressão: se você deixa de tomar e passar mal sabe que está acontecendo. No HIV não”, lembra.

Foi o que o médico afirmou à reportagem. Para ele, o não uso do medicamento pode afetar de três formas: lançar mão de um novo esquema, o paciente pode ficar sujeito a infecções devido à baixa na defesa imunológica e, por fim, a resistência do vírus para o medicamento.

“A orientação é para não faltar nenhuma dose, ou seja, o ideal é que não deixe de tomar o medicamento um dia sequer. Nesse caso, vai depender da sorte”, lembrou o médico, ressaltando que existe uma data para os pacientes buscarem pelos remédios, é uma demanda controlada - ou pelo menos deveria ser.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado de Saúde explicou que os medicamentos essenciais para o tratamento dos soropositivos foram entregues na tarde de ontem nas farmácias e ambulatórios. Segundo a SES, a Farmácia Popular, que estava fechada no período da manhã, reabriu de tarde, disponibilizando as doses.

A GREVE – A paralisação dos atendimentos do Ceadis acontece devido à falta de pagamento dos funcionários terceirizados, mediante a quebra de um contrato. De acordo com a SES, a intensidade da greve foi minimizada, já que servidores foram remanejados para realizar os trabalhos.

Diante disso, a normalização dos atendimentos e a distribuição dos medicamentos devem acontecer de forma gradual na próxima semana. A SES disponibiliza medicamentos de alto custo para todo o Mato Grosso. 





Fonte: Do DC

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