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Sábado - 20 de Setembro de 2014 às 21:37

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O ex-vereador Lúdio Cabral (PT) garante que irá formalizar a denúncia de abuso de poder econômico contra o senador Pedro Taques (PDT) na próxima semana junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O candidato petista afirma que sua assessoria jurídica está fazendo juntada de provas para tornar a representação mais robusta.

A coligação encabeçada pelo ex-parlamentar acusa o pedetista de tentar cooptar aliados por meio de emissão de vales-combustíveis e festas regadas a cerveja e churrasco.

O episódio teria sido comprovado na última quarta-feira (17) durante busca e apreensão da Justiça Eleitoral em um posto de combustível do empresário Aldo Locatelli, aliado de Taques, no Distrito Industrial.

No local foi constatado que as bombas de combustível e mais de 30 caminhões estavam adesivados com referência ao número do candidato pedetista. Além disso, havia adesivos colocados de forma irregular em comércio.

O motivo que originou a Operação, entretanto, é de que os materiais não continham informações da coligação, como o CNPJ. Por outro lado, a coligação de Lúdio alegou que no local ocorria um evento com distribuição de comida, bebida e combustível para eleitores da região.

O petista garante que há probas robustas contra o senador. “Ficou evidente a ocorrência de abuso de poder econômico por parte da coligação. Houve a distribuição de alimentação e bebidas a mais de 200 pessoas durante um evento eleitoral. O ambiente estava todo decorado com o material de campanha do candidato. Além disso, estava havendo a entrega de materiais e fortes indícios de distribuição de combustível”, argumenta.

De acordo com ele, há inclusive indícios de que esta situação teria ocorrido em outros municípios do Estado. “Depois deste fato, inclusive, chegaram outras denúncias. Existem fortes indícios de que também houve está prática em outros municípios. Estamos fazendo todo o levantamento para juntar todas as provas na representação”, enfatiza.

O advogado do candidato petista, José Renato de Oliveira, garante que a representação será protocolada até a próxima quarta-feira (24). “A denúncia irá originar uma ação judicial eleitoral, onde serão apurados os fatos. Estamos juntando todas as provas possíveis para facilitar o trabalho do TRE”, pontua o jurista.

O grupo do petista ainda sustenta que no local funcionava um comitê clandestino de Taques, o que é proibido por se tratar de bem de uso comum.

Eles dizem ainda que testemunhas confirmaram que era comum nas noites de quartas-feiras este tipo de evento para distribuição de material com bebidas e comidas, o que convencionou-se chamar entre os funcionários de “quarta-feira pobre”.

O TRE, por sua vez, não confirma as informações repassadas pelo grupo petista. A coligação de Lúdio garante que registrou tudo com fotos e vídeos, os quais serão anexados ao processo e encaminhados à Justiça Eleitoral.

A representação pedirá a cassação do registro de candidatura de Taques. Para a assessoria jurídica do candidato petista, o crime de compra de votos se verifica com a distribuição de benefícios a eleitores, punível com multa de 1 mil a 50 mil UFIRs (unidades fiscal de referência) e a cassação do registro ou diploma.

Já o abuso de poder econômico teria ocorrido com o uso do posto de combustível como “comitê clandestino”, além da divulgação de placas e adesivos na frota da empresa.





Fonte: Do DC

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