Senador não descarta possibilidade de criar uma CPI para investigar repasses federais da saúde aos municípios
Jayme Campos pede ANS para investigar o MT Saúde
O presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), senador Jayme Campos (DEM), apresentou requerimento para que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) investigue o MT Saúde, o plano de assistência à saúde do servidor público do governo de Mato Grosso. “O Estado deve 50 milhões aos hospitais”, acusa o senador.
Jayme Campos mostrou-se também bastante preocupado com a saúde pública e não descartou a possibilidade de apresentar um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as verbas federais da saúde que não estão sendo repassadas aos municípios. “Precisamos fiscalizar e controlar os repasses da saúde. A saúde em Mato Grosso, por exemplo, está caótica e os hospitais em sua grande maioria estão sucateados”, afirmou o parlamentar.
Sobre o MT Saúde o senador afirma que o caos se instalou em função dos atrasos no pagamento dos profissionais cooperados, dos laboratórios, hospitais e fornecedores. “As pendências do plano de saúde se arrastam desde o ano passado. São 45 mil usuários do MT Saúde que não estão sendo atendidos pela rede credenciada e o pior é que o desconto em folha está acontecendo normalmente”, criticou o senador.
Segundo Jayme Campos, o próprio Tribunal de Contas de Mato Grosso estranhou a natureza dos gastos do MT Saúde. “O tribunal confrontou seu orçamento com as projeções feitas pela Unimed/Cuiabá, que atende 140 mil cooperados e tem o custo estimado em 30 milhões de reais”, lembrou Jayme que também vai propor aos membros da CAS uma diligência em Mato Grosso, para que seja feita uma investigação in loco.
“É uma situação preocupante o fato do MT Saúde ser gerido por uma administradora privada que foi contratada de forma emergencial por seis meses, sem licitação, e, até este momento, o governo estadual não ofereceu alternativas para a continuação dos serviços, com o risco do MT Saúde na prática deixar de existir”, denunciou o parlamentar.
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