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Cidades/Geral
Sexta - 26 de Setembro de 2014 às 13:12

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Para alertar a crise vivenciada há anos nas unidades de saúde do país, 17 unidades filantrópicas em Mato Grosso, incluindo o Hospital do Câncer de Mato Grosso (HCanMT) e a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, paralisam parte das atividades hoje e aderem ao movimento nacional no “Dia Nacional de Luto pela Crise das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos”.

No HCanMT, apenas os atendimentos ambulatórios serão suspensos. Pacientes que utilizam os serviços de radioterapia, quimioterapia, laboratório e cirurgias vão ser atendidos normalmente. Esses serviços serão mantidos para garantir o tratamento adequado.

Segundo o presidente da unidade, Dr. Laudemi Moreira Nogueira, a paralisação é um grito de alerta para que a sociedade conheça o que acontece e porque os serviços não estão a contento. Hoje apenas os atendimentos ambulatoriais estarão suspensos.

“O Governo Federal precisa resolver a questão do atendimento médico hospitalar com urgência, principalmente porque os custos de nossos serviços estão aquém do custo dos hospitais mantidos pelo governo. Eles precisam entender que não dá para brincar de fazer saúde, que os custos totais têm que ser cobertos. As entidades filantrópicas querem apenas se custear e esse pagamento insuficiente dificulta nossa atuação”, enfatiza o dirigente do HCanMT.

Em Cuiabá, além da Santa Casa e do Hospital do Câncer, também paralisam o Hospital Geral e o Santa Helena. Porém, de acordo com o movimento nacional, apenas os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos.

Para Edson Rogatti, presidente da Confederação Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, não é uma briga apenas pelos funcionários, mas sim pela saúde como um todo, principalmente pelos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Das 17 instituições junto à Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso (FehosMT), juntas, elas correspondem 75% dos atendimentos do SUS em MT, bem como 1.500 leitos.

“Estas instituições estão subfinanciadas em todo Brasil e para tentar resolver a situação tanto o Governo Federal como o Estadual repassam incentivos que não contemplam todas as instituições”, disse a Drº Elizabeth Meurer, presidente da FehsMT

O movimento cobra, em geral, a criação de incentivo para o custei de alta complexidade, que corresponda 20% do valor contratação com cada hospital nesta área, ampliação do ProSUS para soluções de dívidas com o sistema financeiro, criação de linhas de recursos de investimento, tanto para tecnologias como para adequações físicas e outros. 





Fonte: Do DC

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