ONU pede que países criminalizem e punam cidadãos que tentem se juntar a grupos terroristas Estima que mais de 3.000 europeus lutam na Síria ao lado dos jihadistas
O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta quarta-feira (24) uma resolução que exige aos países de todo o mundo que adaptem suas legislações para perseguir e processar qualquer pessoa que tente viajar para o exterior para se juntar a grupos terroristas.
O texto, de caráter vinculativo, foi promovido pelos Estados Unidos e aprovado por unanimidade em reunião extraordinária presidida pelo presidente Barack Obama.
A resolução, de número 2178, pretende fortalecer a luta contra os chamados combatentes estrangeiros, em resposta aos milhares de cidadãos de diferentes países que viajaram para o Iraque e a Síria para se juntar a grupos como o EI (Estado Islâmico).
Com isso, o Conselho de Segurança decidiu hoje que todos os países devem garantir que suas leis criminalizem e punam com seriedade todos seus cidadãos que "viajem ou tentem viajar para um Estado" com o "objetivo de cometer, planejar, preparar e participar de atos terroristas, ou para fornecer e receber treinamento terrorista".
Esse enfoque já foi iniciado por vários países europeus, entre outros, em resposta ao alto número de cidadãos desse continente que foram recrutados pelo jihadismo nos últimos anos.
Segundo os EUA, mais de 15 mil cidadãos de mais de 80 países viajaram nos últimos anos para a Síria.
O coordenador antiterrorista da União Europeia, Gilles de Kerchove, estimou ue mais de 3.000 cidadãos europeus abandonaram o território comunitário para se somar às fileiras jihadistas na Síria ou estão dispostos a fazer isso.
"Mais de três mil europeus estiveram, estão ou estão dispostos a ir para a Síria como combatentes estrangeiros", assegurou Kerchove durante um discurso perante a subcomissão parlamentar de Defesa da Eurocâmara.
A resolução do Conselho de Segurança impõe a todos os Estados novas obrigações na hora de impedir o movimento de terroristas e potenciais terroristas e para perseguir e punir àqueles que facilitem o financiamento dos programas de recrutamento dessas organizações.
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