Palmeira é retirada de escola em MT após intoxicação de alunos Estudantes da Escola Municipal Renê Barbour passaram mal após contato. Prefeitura informou que espécies serão retiradas de outras unidades.
Uma palmeira foi retirada da Escola Municipal Renê Barbour, em Nova Olímpia, a 207 km de Cuiabá, após ter causado intoxicação nos alunos. Segundo a prefeitura da cidade, a medida foi tomada depois que os pais dos alunos e a direção da unidade procuraram o Ministério Público Estadual (MPE) pedindo providências com a alegação de que os estudantes teriam se intoxicado após contato com a planta.
A aposentada Laurinda Lima do Carmo disse que os pais se mobilizaram para que a palmeira fosse cortada antes que alguma criança tivesse outra lesão mais grave. “É um perigo e tem que ser cortada pela raiz, porque já é o segundo ano que acontece isso”, afirmou.
A direção da escola acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para socorrer as crianças que passaram mal no local. No hospital, após alguns exames foi comprovado a intoxicação pela palmeira. O número de crianças intoxicadas não foi informado.
Do lado de fora da escola, era possível ver de longe a palmeira que ficava no jardim do colégio. A planta era conhecida popularmente como 'rabo de raposa'. A estudante Lauriane Vieira Nunes, alegou que ficou com alergia depois de ter brincado com alguns frutos da palmeira. “Minha perna e minha boca começaram a adormecer. Tive falta de ar, minha mão ficou toda empolada e fui duas vezes ao médico”, contou.
Além das crianças, o auxiliar de serviços gerais da escola, João Júlio da Silva, que cortou os cachos da planta também teve alergia. “Eu cortei e arrastei para fora. Mas eu não estava aguentando porque começou a arder todo meu corpo”, disse o funcionário.
A diretora da escola Léa Brizolla de Camargo recorreu ao Ministério Público porque, à princípio, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente havia se recusado a eliminar a árvore. “Fiz um ofício e entreguei para o chefe do meio ambiente pedindo a retirada da palmeira, porque estava dando muitos problemas para as crianças. E ele mandou um documento dizendo que não iria cortar porque existia apenas a suspeita de que os sintomas fossem por causa da árvore”, afirmou.
Contudo, o coordenador do Meio Ambiente, Valdeci dos Anjos Gonçalves, disse ter orientado a prefeitura a retirar a palmeira da escola. “Decidimos evitar outros casos futuros e iremos retirar a palmeira de todos os centros educacionais", pontuou.
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