Irã suspende execução de mulher acusada de matar seu próprio estuprador Segundo a Anistia Internacional, a mulher não é a responsável pela morte do homem
A execução de uma mulher iraniana acusada de matar seu próprio estuprador, que aconteceria nesta terça-feira (30), foi suspensa para daqui dez dias.
Reyhaneh Jabbari foi presa em 2007 pelo assassinato de Morteza Abdolali Sarbandi, um ex-funcionário do Ministério de Inteligência do Irã, que segundo a mulher, tentou abusar sexualmente dela.
Reyhaneh foi condenada à morte por um tribunal de Teerã, capital do Irã, em 2009. O veredicto de execução foi confirmado pelo Supremo Tribunal iraniano.
O caso da mulher chamou a atenção internacional. Uma petição favorável à libertação de Reyhaneh já recebeu mais de 190 mil assinaturas. Segundo a Anistia Internacional, a execução estava marcada para esta terça-feira.
De acordo com o jornal The Independent, um porta-voz da Anistia Internacional disse que a ong está aliviada de saber que Reyhaneh está fora de perigo imediato. "Mas estamos pedindo às autoridades iranianas que confirmem que ela não será enforcada em breve, e que em vez disso, haverá uma revisão completa do seu caso", disse.
A mãe da mulher, Shole Paravan, disse, através de redes sociais que o governo do Irã tinha dito que ela poderia ir buscar o corpo da filha nesta terça-feira (30), confirmando, mais uma vez, que havia a intenção de executá-la.
Ainda não se sabe porque a decisão foi suspendida e nem por quanto tempo deve durar.
A Anistia diz que ela confirmou ter esfaqueado o homem para se defender, mas afirma que outro homem foi o responsável pelo assassinato do suposto estuprador.
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