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Quinta - 02 de Outubro de 2014 às 05:41

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Estoques de algodão de tamanho sem precedentes estão puxando para baixo os preços da commodity, disse nesta quarta-feira o chefe da divisão de algodão da trading Louis Dreyfus, Joe Nicosia.

"Nós temos 106 milhões de fardos de estoques finais, e esse número sem precedentes é um problema", disse Nicosia em uma conferência em Dubai.

Os preços futuros do algodão estão também sob pressão de um dólar valorizado e de temores sobre uma redução de demanda na China, maior consumidor da commodity, o que poderia elevar ainda mais os estoques globais.

Os preços caíram para uma mínima de cinco anos na semana passada, a 60,83 centavos de dólar por libra-peso, depois uma mudança nas políticas da China para o produto que irão reduzir amplamente as necessidades de importação do país, maior mercado têxtil do mundo.

Nicosia, no entanto, disse ver um futuro mais promissor no longo prazo.

"A história nos mostra que em quatro a cinco anos este ciclo terá mudado", disse ele, prevendo que em 10 anos o preço estará entre 85 centavos e 1 dólar.

"Em 10 anos, o consumo irá crescer de 112 milhões de fardos por ano para 132 milhões de fardos", disse.

O executivo da Dreyfus também estimou que nos próximos anos a Índia poderá passar a China como maior produtor de algodão, embora a China permaneça como maior mercado consumidor.

A indústria têxtil de Xinjiang, na China, deverá continuar a gerar demanda, especialmente com a ausência de indústria de sintéticos na região. "Nos próximos 10 anos, a demanda de Xinjiang pode ser de 6,5 milhões de fardos", acrescentou.





Fonte: Reuters

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