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Internacional
Quinta - 02 de Outubro de 2014 às 21:45

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O Parlamento da Turquia aprovou nesta quinta-feira (2) uma medida que autoriza o governo a autorizar incursões militares no Iraque e na Síria, para combater militantes do grupo Estado Islâmico (EI).

A medida também permite soldados estrangeiros a transitar pela Turquia e usar suas bases militares com o mesmo objetivo.

De 550 deputados, 298 votaram a favor da autorização da medida.

Ankara sofre pressão para desempenhar um papel mais robusto na campanha internacional liderada pelos Estados Unidos contra o EI, depois que os insurgentes avançaram para área próxima à fronteira da Siria com a Turquia, dentro da visão de posições militares turcas.

Após rejeitar explicitamente uma participação na coalizão internacional anti-jihadista liderada pelos Estados Unidos, a Turquia dá um passo atrás e se dispõe a cooperar na guerra contra o grupo extremista, acusado de inúmeras atrocidades.

O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, convocou uma reunião com os principais líderes militares e da sociedade civil logo após esta votação para explicar as modalidades do envolvimento turco na coalizão.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan reiterou nos últimos dias que seu país estava pronto par afazer "tudo o que for necessário" para combater o EI, ainda que lembrando que a queda do regime do presidente sírio Bashar al-Assad continua a ser uma de suas "prioridades".

Erdogan, que considerou na quarta-feira os atuais ataques aéreos não passam de uma "solução temporária", defende a criação de uma zona tampão no norte da Síria, para proteger os refugiados sírios e o território turco.

De acordo com a imprensa turca, o governo não deve se envolver diretamente nas operações militares nos países vizinhos, mas se concentrar em abrir algumas de suas instalações aos aliados, entre elas a base aérea de Incirlik (sul), para operações humanitárias.

"O único alvo deste texto é a organização terrorista que quer acabar com a tranquilidade deste país", afirmou o ministro da Defesa, Ismet Yilmaz, ao Parlamento, acrescentando que seu país não pode "fechar os olhos" para os abusos cometidos pelo grupo ultra-radical sunita.

O principal partido de oposição, o Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata), e o Partido Democrata do Povo (HDP, pró-curdo) votaram contra o projeto de resolução, considerando-o "pouco claro" e "limitado".

Esta votação ocorre no momento em que os combatentes do EI se encontram nesta quinta nas proximidades da cidade síria de Kobane, a poucos quilômetros da fronteira turca.





Fonte: Do G1

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