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Nacional
Sexta - 03 de Outubro de 2014 às 13:12

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Eduardo Enomoto/1º.09.2014/R7
Ex-ministras do governo Lula estão na disputa com visões opostos
Ex-ministras do governo Lula estão na disputa com visões opostos

Nas vésperas das eleições, o The Guardian analisou a campanha das duas candidatas, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), que lideram a disputa para Presidência da República no Brasil. O respeitado jornal do Reino Unido destacou ainda a vantagem da presidente Dilma nas pesquisas eleitorais e os programas do governo do PT nos últimos anos.

Para o repórter Jonathan Watt, correspondente do The Guardian no Rio de Janeiro, o Brasil, que é um país "tradicionalmente machista", está perto de ver pela primeira vez o segundo turno das eleições sendo disputado por duas mulheres.

Ao analisar o foco das duas adversárias na campanha deste ano, a matéria diz que a mensagem de Dilma está empenhada em defender o progresso e a apresentar números que mostram a redução da desigualdade, queda na taxa de desemprego e aumento do salário mínimo, além dos programas sociais colocados em prática pelo governo.

Já o foco de Marina é conquistar a classe média, que está insatisfeita com o governo petista. Para isso, a ex-senadora usa os casos de corrupção e os problemas econômicos que surgiram nos últimos anos para ser sustentar na disputa. A matéria ainda diz que caso vença, a candidata do PSB deve trazer para o seu governo membros do PSDB de Aécio Neves, terceiro candidato na disputa.

Gaudêncio Torquato, professor de política na USP (Universidade de São Paulo) ouvido pela reportagem do The Guardian considera que Marina Silva, candidata do PSB, apela para o coração, enquanto Dilma apela para a carteira. Para ele, esse é o motivo que vai garantir a reeleição da candidata petista.

A matéria ainda lembrou que as principais concorrentes na disputa eleitoral foram ministras do governo Lula juntas, mas agora têm opiniões divergentes sobre o futuro do País, principalmente na área da economia.

Carlos Pinkusfeld, professor de economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) ouvido pelo jornal inglês defendeu a atual situação econômica do Brasil.

— Os indicadores sociais são bons, a pobreza é baixa. O Partido dos Trabalhadores emitiu pelo menos razoavelmente bons indicadores econômicos. Tenho certeza de que o desempenho econômico do governo terá um grande impacto (nas eleições).

Ataques

Os ataques que surgiram ao longo da campanha foram lembrados pela matéria do jornal inglês. Embora o marketing de Dilma seja poderoso, o partido da candidata é acusado de passar nos limites nas acusações contra Marina.

A reeleição do PT preocupa os adversários, que alegam que a vitória é prejudicial para a democracia do País, já que esse pode ser o quarto mandato consecutivo. Heni Ozi Cukier, professor de Relações Internacionais da FGV (Fundação Getúlio Vargas), explica os pontos negativos.

— Serão 16 anos no poder. Esse é um tempo muito longo. Isso significa que estamos progressivamente caminhando para um governo não democrático. 





Fonte: Do R7

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