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Sexta - 10 de Outubro de 2014 às 21:43

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O delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos (Derf) de Várzea Grande, Francisco Kunze, informou na manhã desta sexta-feira (10) que o gerente da empresa Amigão Material de Construções, Marcelo Cavassani, teria comprado três BMW’s 15 dias antes de entrar com um pedido de recuperação judicial. O advogado Karlos Lock que representa o gerente, nega as acusações feitas pela Polícia Civil.

De acordo com o delegado da Derf, o gerente da empresa teria realizado a compra de três carros importados, 15 dias antes de entrar com um pedido de recuperação judicial: “Não faz sentido você comprar estes veículos se está com diversas dívidas”, explica o delegado Francisco que investiga o caso.

O advogado Karlos Lock, que representa Marcelo, alega que: “os veículos não são da empresa e sim particulares do meu cliente. Portanto, nada tem a ver com o caso”. As investigações da Polícia Civil apontam que a Amigão Material de Construções teria praticado o crime de estelionato, o que também é rechaçado pela defesa.

Entenda o caso

A Polícia Civil foi chamada para investigar um furto na empresa Amigão Material de Construções, em Várzea Grande. Enquanto realizavam as diligências no local do crime, os agentes constataram que não era viável que se passassem 86 TV’s pelo buraco encontrado no estabelecimento e suspeitaram da situação.

Investigando mais a fundo, a Polícia Civil encontrou um lote com diversos produtos de eletrodomésticos e outros objetos, o que levou os agentes a verificarem se havia alguma irregularidade com eles. Foi descoberto que algumas lojas como a City Lar e a Rio Móveis, teriam levado um calote exatamente dos mesmos produtos encontrados no local.

Ainda segundo o delegado, a empresa teria alegado que as TV’s supostamente furtadas seriam entregues para a Assembleia Legislativa, o que não se confirmou nas investigações. Ficou constatado que os produtos foram pagos com cheque sem fundo e o prejuízo seria de R$ 17,6 milhões.

“Logo depois surgiram outras vítimas, até ontem eram 11. De acordo com o que levantamos, eles também teriam um prejuízo de R$ 3,2 milhões. Temos certeza que logo outros irão aparecer, porque esta prática deles já pode estar sendo feita há algum tempo”, disse o delegado. Outras duas pessoas, que não tiveram os nomes divulgados, também estariam participando do esquema.

A defesa de da empresa alega que os agentes da Derf entraram no galpão da empresa sem ter mandado: “O que eles fizeram foi abuso de autoridade”, assertiva o advogado Karlos Lock. Porém, o delegado Francisco Kunze destaca que os agentes estavam no local porque o próprio Marcelo os solicitou para investigar o furto: “Em uma hora de investigações, percebemos que havia algo errado e começamos a cavar mais a fundo esta história”.

O advogado da Karlos Lock ressaltou que apesar de ser uma loja de materiais para construção, a ‘Amigão’ poderia vender outros produtos: “O contrato social também prevê a comercialização destes produtos que lá estavam”. Além disto, ele negou qualquer irregularidade: “Não há hipótese alguma de ter havido crime por lá, isso é inexistente”.

Por fim, o delegado ainda afirmou que as investigações estão no início e que há suspeitas de que o golpe possa ser ainda maior. Não há presos na operação até o momento e apenas os produtos foram apreendidos. “Infelizmente este parece ser um ‘crime que compensa’ já que as sanções são mínimas para quem o faz. Essa impunidade é que alimenta esta prática”.





Fonte: Olhar Direto

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