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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sábado - 11 de Outubro de 2014 às 17:56

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O ministro da Agricultura, Neri Geller (PMDB), cobrou coerência política de Carlos Fávaro (PP), eleito vice-governador de Mato Grosso, que declarou apoio a Aécio Neves (PSDB), contrariando a orientação nacional do partido que está na base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT). Por outro lado, Geller disse que respeitaria a decisão de Fávaro, mas garantiu ter o apoio do setor e de entidades como Aprosoja e Famato.

Numa tentativa ainda de pressionar Fávaro, o ministro lembrou que ele é um líder classista e deveria colocar na balança os avanços conquistados pelo setor no governo Dilma.

Um dos discursos adotados por Geller para tentar convencer o agronegócio a apoiar a petista neste segundo turno é lembrar que em 1988, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, foi quando ocorreu a criminalização dos produtores e isso trouxe insegurança jurídica.

Somente com o Código Florestal aprovado por Dilma é que os produtores saíram da ilegalidade e ainda tiveram linhas de créditos com juros abaixo da inflação e subsídio para praticar o preço mínimo dos produtos em Mato Grosso.

No primeiro turno, Dilma foi derrotada em Mato Grosso, principalmente nas cidades em que o agronegócio impera.

Apesar de ser do setor do agronegócio e ser a primeira vez que Mato Grosso possui um ministro na área, Fávaro optou por seguir com seu grupo liderado por Pedro Taques (PDT) e até participou de ato pró-Aécio, mesmo tendo declarado apoio a Dilma no primeiro turno.

Questionado sobre a contradição em apoiar o Aécio no segundo turno, já que chegou a defender Dilma em discurso durante convenção do partido, Fávaro disse que a coerência é trabalhar pela mudança no país e “as coisas que aconteceram nos últimos dias não permitem sua consciência apoiar a reeleição da presidente”.

Fávaro disse que comunicou sua decisão ao presidente do partido, Ezequiel Fonseca (PP), e respeita a orientação, mas seguirá ao lado do seu companheiro de chapa Pedro Taque (PDT) e não teme nenhuma punição dentro da sigla.

Fávaro comentou ainda que a única coisa boa do governo Dilma é o Ministério da Agricultura, comandado por Neri, de quem é amigo pessoal. Nas demais áreas, é “muito discurso e pouca prática”.

A direção do PP esteve reunida na noite de quinta-feira e definiu por apoiar Dilma. O ministro será o principal articulador da campanha dela em Mato Grosso. Ele garantiu que visitará todas as cidades-polos do agronegócio e o mote da campanha será a comparação das heranças do FHC e do governo Dilma. 





Fonte: Do DC

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