Pedro Taques protocola sete novos requerimentos na CPI Cachoeira
Com a suspensão das reuniões da CPI do Caso Cachoeira durante o período eleitoral, parlamentares dedicam parte de seu tempo à análise de documentos para propor novas linhas de investigação. Nesta semana, o senador Pedro Taques (PDT-MT) apresentou sete requerimentos com pedidos de convocação de testemunhas, quebra de sigilo, compartilhamento de dados e de informação sobre endereços que identificam computadores de empresas supostamente ligadas ao grupo.
"Venho insistindo na investigação das empresas fantasmas ligadas à Cachoeira que teriam movimentado por volta de R$ 750milhões com repasses da Delta. Os documentos já analisados reforçam a tese de que a construtora é o centro do esquema criminoso”, afirma o senador Pedro Taques.
Um dos requerimentos do mato-grossense pede a quebra do sigilo fiscal e bancário das empresa Galula Empreendimentos e Participações e Diluca Hotelaria e Turismo. As empresas, de propriedade do secretário de Estado de Planejamento de Goiás, Giuseppe Vecci, teriam emprestado mais de R$ 1,2 milhão ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), em 2007 e 2008. Os valores, no entanto, não teriam sido devolvidos, o que pode, segundo Pedro Taques, indicar uma tentativa do governador de dissimular seu crescimento patrimonial.
Autor também dos requerimentos que buscam obter endereços IP junto à Receita Federal, Pedro Taques argumenta que a obtenção dos endereços pode permitir à CPI pedir novas quebras de sigilo. A intenção do senador é obter os endereços dos computadores de onde foram enviadas as declarações de renda das empresas Adécio & Rafael e Alberto & Pantoja. Ambas teriam recebido dinheiro da Delta Construções.
A convocação dos proprietários da Adécio & Rafael, Gilmar Moraes e Adécio Conceição também foi pedida por Pedro Taques, assim como a vinda de Mauro Abbud e Marcelo Abbud, sócios de empresas que teriam recebido R$ 273 milhões da Delta.
Com os pedidos do senador Pedro Taques, chega a 300 o número de requerimentos a serem apreciados pela comissão na volta dos trabalhos, prevista para outubro.
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