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Economia
Quarta - 15 de Outubro de 2014 às 16:43

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Ainda faltam quase dois anos para que a chama olímpica seja acesa na cidade do Rio de Janeiro, mas, para os micro e pequenos empresários, os Jogos já começaram. Enquanto os atletas brigam para conseguir seus índices, os empreendedores já podem se inscrever no site do Comitê Organizador Rio 2016 para brigar por uma vaga entre os fornecedores oficiais do evento.

Qualquer empresa pode tentar se tornar uma fornecedora olímpica, mas os interessados precisam atender a várias exigências, de acordo com sua área de atuação, explica Francisco Martins, coordenador nacional do projeto Sebrae no Pódio. “Quando uma empresa procura o Sebrae com este propósito, nós ajudamos a avaliar em qual segmento ela se encaixa e verificamos se ela precisa de algum tipo de qualificação para participar”, diz ele.

As dificuldades mais comuns que estão sendo encontradas nas empresas que se candidatam a fornecer produtos e serviços para os jogos estão relacionadas a problemas de gestão. Para Martins, muitas delas não sabem fazer formação de preços nem capacitam seus funcionários. “É preciso corrigir isso antes de se candidatar, pois é difícil sentar em uma mesa de negociações sem esta preparação mínima. Além disso, muitas empresas não acreditam que podem se tornar fornecedoras de uma Olimpíada. Elas se assustam com os valores do orçamento, que chegam a R$ 7 bilhões, e acham que aquilo está muito distante da sua realidade”, afirma.

Setores promissores
Para ele, os setores mais promissores para os Jogos, até o momento, são os de uniformes, lavanderia, gráficas, tecnologia da informação e móveis. Além disso, como toda a alimentação dos atletas será exclusivamente orgânica, as empresas deste setor também terão uma ótima oportunidade. “As empresas que trabalham com acessibilidade também contarão com ótima oportunidades, pois a Vila Olímpica vai precisar de móveis e serviços adaptados, que sirvam tanto para a Olimpíada quanto para a Paralimpíada”, acrescenta.

Os empreendedores interessados podem se inscrever diretamente no site portaldesuprimentos.rio2016.com, ou procurar a unidade mais próxima do Sebrae. Martins esclarece que as compras seguirão até as vésperas dos Jogos, mas o maior volume de negócios será entre agora e novembro de 2015.

“Além do negócio imediato, ao se tornar fornecedora olímpica uma empresa abre muitas portas. Ela ganha um código internacional que facilita a realização de negócios fora do país e se qualifica para ser procurada pelo próximos países que organizarão a Copa e a Olimpíada”, finaliza.





Fonte: Reuters

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