Cuiabá: preso pedreiro suspeito de envolvimento em morte de empresário
A Polícia Militar prendeu, no início da noite, um homem, 24 anos, suspeito de participação no latrocínio (roubo seguido de morte) do empresário José Aparecido Bravo, 53 anos. Ele trabalhava como pedreiro na casa dele e teria auxiliado os criminosos na ação. A informação foi repassada pelo 3º Batalhão da Polícia Militar de Cuiabá. Bravo foi morto no inicio da tarde, no bairro Santa Cruz II, ao ser atingido por 5 disparos de arma de fogo ao tentar atender o celular.
Segundo a delegada da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Anaíde de Barros, os acusados, aparentemente, são menores de idade e continuam foragidos. O crime será investigado pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf).
A delegada destaca que ainda não é possível confirmar a participação do pedreiro, uma vez que ele não foi reconhecido . "Ele pode ter dado apoio do lado de fora da casa. Por conta disso, as vítimas não puderam reconhecê-lo. Não dá para confirmar, mas não descartamos que ele deu apoio no crime".
Conforme testemunhas, 2 homens a pé se aproximaram da residência, tocaram a campainha e pediram água. Ao serem atendidos pela empregada, eles ordenaram que ela abrisse o portão, apontando a arma na direção dela. Um deles entrou na residência e o outro ficou aguardando no portão.
O assaltante pediu que todos deitassem no chão e que não olhassem para ele, ameaçando as vitimas o tempo todo. Com a arma apontada para José Bravo o bandido ordenou que ele entregasse as joias que usava, como relógio, pulseira e corrente de ouro. No mesmo momento o celular da vítima tocou, ele levou a mão até o bolso. Acreditando que o empresário iria reagir o assaltante acabou efetuando cinco tiros, um acertou na cabeça e outros quatro na região do tórax.
A mulher de José Bravo e um outro funcionário chegaram a colocá-lo em um carro em busca de socorro. No caminho, encontraram uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que no mesmo momento constatou o óbito.
Conforme Anaíde, apesar de nada ser sido levado do local, a principal linha de investigação aponta para o crime de latrocínio (roubo seguido de morte). "Acreditamos que nada foi levado porque após os disparos os assaltantes se assustaram e fugiram. Segundo as testemunhas o que abordou eles no interior da casa estava muito nervoso".
Na residência estavam o casal, a empregada e mais 4 funcionários que trabalhavam na reforma da piscina. A residência possui um forte esquema de segurança com câmeras, cerca elétrica e interfone.
Um vizinho da família afirmou que só neste ano foi o 6º assalto na região. A menos de um ano a mesma família foi vitima de um assalto, na ocasião os bandidos entraram na residência, amarraram todos que em um quartinho e levou vários objetos de valor. Até hoje a polícia não prendeu os culpados pelo crime.
Ainda de acordo com a delegada após efetuarem os disparos os bandidos fugiram e entraram em um matagal. Nas proximidades foram encontrados um boné azul que provavelmente pertence a um dos assaltantes e uma munição.
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