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Economia
Sábado - 18 de Outubro de 2014 às 09:03

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Cemig/Divulgação
Usina de Três Marias está entre as 156 maiores hidrelétricas do país, mas sua capacidade de geração de energia foi afetada pela seca
Usina de Três Marias está entre as 156 maiores hidrelétricas do país, mas sua capacidade de geração de energia foi afetada pela seca

A estiagem que atinge a região Sudeste do Brasil já começa a afetar os reservatórios de hidrelétricas em Minas Gerais. Segundo informações da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), a situação da represa de Três Marias, no norte do Estado, é crítica e, nesta sexta-feira (17), o nível do reservatório era de apenas 3,8% da capacidade total.

Ainda conforme dados diários publicados pela companhia energética, o reservatório tem reduzido em média 0,1% por dia e, se não houver chuvas até o próximo mês, a previsão é de que o nível da represa atinja 0% e deixará de gerar energia elétrica. Atualmente, apenas duas das seis turbinas da hidrelétrica estão funcionando e a vazão de água foi reduzida.

Entretanto, como o sistema de energia elétrica no Brasil é interligado, a situação de Três Marias não provoca impacto imediato na situação energética da região. Além disso, as usinas termoelétricas estão funcionando a todo vapor no País. Mas, por outro lado, a redução do nível de água na usina de Três Marias traz outros impactos para a região norte do Estado, já que esta é a primeira barragem construída ao longo do rio São Francisco, que nasce em Minas Gerais e passa por outros cinco Estados.

Segundo o gerente de planejamento energético da Cemig, Marcelo de Deus, com a redução do nível do reservatório e da passagem de água ao longo do curso d'água houve um impacto na vida da população que depende do rio São Francisco para sobreviver.

- Energeticamente o impacto é pequeno, mas o problema maior é a falta de água porque o volume útil do reservatório está muito baixo, inclusive é o mais baixo já registrado na história. Mas estamos gerenciando e reduzindo a água liberada para o vale do São Francisco.

Mas, o gerente da Cemig explicou que, quando o reservatório atingir 0% de sua capacidade, ainda haverá um grande volume de água no reservatório. No entanto, essa água não passaria pelas turbinas e também não chegaria ao vale. Neste caso, segundo Marcelo, a companhia energética está estudando uma forma de liberar essa água armazenada de forma a garantir que a população tenha água até a chegada das chuvas.

- Não será a mesma quantidade, mas vamos conseguir passar certo volume de água. Mas estamos gerenciando a passagem de água para evitar que chegue a tal ponto.

Atualmente, 15m³ de água são liberados por segundo na represa, quando em situação normal seria uma média de 20m³ ou mais. Ainda conforme o gerente da Cemig, há previsão de chuva para a região já nos próximos dias, mas não deve ser um volume de precipitação que altere consideravelmente o nível do reservatório e a expectativa é que a situação melhore somente a partir de novembro.





Fonte: Do R7

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