“Neri Geller apoia Dilma por obrigação”, diz Nilson Leitão A declaração do deputado federal é em resposta às afirmações do ministro da Agricultura Neri Geller, que disse ser Aécio ruim para MT
O deputado federal Nilson Leitão (PSDB), que coordena a campanha do presidenciável Aécio Neves (PSDB) na região Centro-Oeste, rebateu as afirmações do ministro da Agricultura Neri Geller (PMDB) de que teme que o tucano vença as eleições e os juros para a compra de maquinários subam além da conta.
Para Nilson, ao fazer essa afirmação o ministro estava cumprindo ordens da cúpula da campanha petista. O deputado acredita que no íntimo, Neri estava contrariado ao ter que dizer isso à imprensa.
Destaca que Neri guarda por Aécio uma profunda admiração, tendo em vista que o atual ministro da Agricultura já foi deputado federal no momento em que estava no PSDB, mesmo partido do presidenciável.
“Essa declaração foi feita para cumprir ordem, é um terrorismo eleitoral do PT”, diz.
Nilson diz que o ministro diz isso, mas que em verdade é um tucano enrustido, “se presta a este serviço apenas para garantir a vaga no primeiro escalão do governo da petista”, diz.
Afirma que isso ficou claro quando Neri se filiou ao PMDB. Isso porque o ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) faz parte da cota da bancada do PMDB no primeiro escalão do governo.
Ao escolher Neri para o cargo a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, pediu aval da bancada para a indicação do peemedebista.
O deputado destaca que ninguém aguenta mais quatro anos do PT no poder. Segundo ele, essa continuidade de 12 anos do partido à frente do comando do país já apresenta inúmeros problemas, cita como exemplo o caso de corrupção da Petrobrás, que segundo a Polícia Federal pode ter desviado mais de R$ 10 bilhões.
Fala ainda que o PT age com terrorismo contra os funcionários públicos federais. Afirma que o partido, antes favoráveis às rodadas de negociações, hoje apresenta propostas prontas e não aceita negociar com os profissionais do serviço público.
Vai além, diz que se Neri precisou se afastar por 15 dias apenas para se dedicar à campanha eleitoral da petista é porque alguma coisa não vai bem, sugerindo que os trabalhos em Brasília não vão de vento em polpa.
AGRO DIVIDIDO – O setor produtivo em Mato Grosso está dividido, enquanto os primos Blairo e Eraí Maggi estão com Dilma, enquanto isso outros representantes e gigantes do setor estão colados no tucano, como o vice-governador eleito, Carlos Fávaro (PP); o presidente licenciado da Famato, Rui Prado (PSD); Otaviano Pivetta (PDT) e os irmãos Zeca e Getúlio Viana.
Dilma perdeu no primeiro turno em Mato Grosso: ficou com 39,53% ante 44,47% de Aécio.
Em cidades produtoras, como Lucas do Rio Verde, cidade de Neri, Aécio teve 48,46% contra 34,13% de Dilma. Em Sorriso, a cidade com o maior volume de produção do Estado, a diferença foi ainda maior: o tucano teve 53,85%, contra 36,26% da petista.
Comentários