Taques espera estudo, alega não ser imperador e que debaterá alterações
O governador eleito Pedro Taques (PDT) aguarda estudos elaborados pela equipe de transição, que serão entregues no próximo dia 5, para dar início à formatação da reforma administrativa do Estado.
O pedetista ressalta que vai fazer os enfrentamentos necessários e que o debate, inclusive, com a sociedade civil e organizada será no âmbito técnico, ouvindo os argumentos daqueles que são favoráveis ou contrários à fusão e/ou extinção de secretarias, autarquias e órgãos. “Fui eleito governador e não imperador de Mato Grosso”, asseverou em visita à sede do Rdnews e entrevista ao RDTV – assista aqui.
Nesta linha, salienta que "na democracia todos podem opinar, inclusive, criminosos". E pontua que quer ampliar o debate sobre a redução ou não se pastas e fusões com pessoas sérias que contribuirão, de forma democrática, sobre as reformas. A equipe de transição propôs reduzir de 19 para 12 pastas, fundindo áreas e trocando nomes de secretarias. O relatório começou a ser analisado pelo pedetista nesta semana. "As opiniões devem ser fundamentadas em argumentos técnicos e políticos”, afirma o governador eleito sobre os debates.
Apesar do governador eleito ponderar que ainda é muito cedo para definir como ficará a estrutura do Estado, Taques adianta duas definições: o fim dos superpoderes outorgados à Vice-Governadoria e da Lemat (loteria estadual). O pedetista, inclusive, é autor do projeto no Senado que regulamenta as atribuições do vice-governador da República.
Em relação a primeira situação, criada na gestão Silval Barbosa (PMDB) e que beneficiou o vice Chico Daltro (PSD), o pedetista pontua que o debate já está bastante adiantado com o seu vice eleito Carlos Fávaro (PP) e que em janeiro deve publicar um decreto revogando a situação. Em outra oportunidade Fávaro havia afirmado que há um entendimento de que não é possível constituir dois poderes (governadores) em um único Governo. E que, por isso, existe um consenso interno. “Entendo que sim (retirada dos superpoderes), mas estou conversando com Carlos”, ressalta Taques.
Sobre a Lemat, o ex-procurador da República, que foi responsável pela prisão do bicheiro João Arcanjo, assevera que é contrário a ideia do Estado administrar jogos e que, por isso, tende a extinguir a loteria que, na prática nunca funcionou. “Vamos conversar com a equipe técnica. Mas sou absolutamente contrário a este tipo de atividade”, ressalta.
A Lemat, até agora, serviu apenas, como cabide de emprego, tendo em vista que abriga quatro funcionários desde a sua reativação, em outubro de 2011. Nesse tempo, o Estado desembolsou R$ 1 milhão só em despesas de salários, mesmo a Lemat não operando em razão de imbróglios judiciais.
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