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Sábado - 25 de Outubro de 2014 às 14:17

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As comissões parlamentares de inquéritos (CPIs) cotadas para serem abertas ainda este mês devem ficar na gaveta por mais um tempo. Isso porque o presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), afirma que alguns parlamentares retiraram o nome dos requerimentos que pediam a abertura da investigação. 

O peemedebista destaca que só na próxima semana terá uma posição final sobre a abertura das três comissões que foram propostas no Legislativo estadual.

Romoaldo destaca que, neste momento, ainda não é possível dizer quais das três CPIs propostas pelos parlamentes serão abertas, de fato, porque ainda há tempo dos deputados retirarem a assinatura.

A definição final só deve ocorrer após o próximo colégio de líderes da Casa, que acontece na próxima terça-feira (28).

O presidente destaca que a orientação da Mesa é de só dar início a CPIs que possam ser concluídas ainda neste ano, para não deixar os trabalhos para a próxima legislatura.

Para que isso aconteça, os deputados têm menos de 60 dias para dar início e finalizar os trabalhos, tendo em vista que o último dia de atividade em plenário será 22 de dezembro, conforme a fala de Romoaldo.

Uma das CPIs é a da Cooamat (Cooperativa Agropecuária de Mato Grosso) e seu requerimento para sua é de autoria do deputado José Riva (PSD), que tem defendido o nome de Alexandre Cesar (PT) para presidir os trabalhos.

A comissão irá investigar a cooperativa de propriedade de Eraí Maggi, suspeita de fraude e simulação de negócios.

As indicações são feitas pelas bancadas, portanto além do petista e Riva, que devem compor a CPI, são cotados Jota Barreto (PR) e ainda é possível que alguém do grupo ligado a Pedro Taques (PDT) seja indicado.

No entanto, Zeca Viana (PDT) e Dilmar Dal Bosco (DEM) brigam pela instalação da CPI da Trimec, que irá investigar os contratos da empreiteira com o governo, e um deles deverá estar na composição.

A reunião do Colégio de Líderes de terça-feira também deve definir se serão instaladas as CPIs da Trimec e da Nhambiquara, ou se serão juntadas para ampliar as investigações sobre outras empreiteiras. Há possibilidade ainda de que as duas comissões sequer saiam do papel devido a pressão do governo do Estado.

O deputado Walter Rabello (PSD) foi o responsável por apresentar o requerimento para investigar os contratos da Nhambiquara, de propriedade de Eduardo Botelho (PSB), eleito deputado estadual. Inicialmente, o pedido tinha 11 assinaturas, no entanto Guilherme Maluf (PSDB) e Dilmar Dal Bosco (DEM) retiraram o apoio por estar no mesmo grupo de Botelho, que é irmão do deputado Luiz Marinhos (PTB).

A proposta de CPI da Cooamat surgiu após Riva fazer denúncias contra a cooperativa de Eraí. O assunto veio à tona ainda na campanha eleitoral. O produtor, primo do senador Blairo Maggi (PR), foi um dos principais financiadores da campanha de Pedro Taques (PDT).

O social-democrata tem levado a sério o assunto e além da CPI ele disse ter feito a denúncia para diversos órgãos de investigação, como Ministério Público e Delegacia Fazendária.





Fonte: Do DC

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