Deputados retiram assinaturas de CPIs Segundo o presidente da Assembleia Legislativa, Romoaldo Jr., três deputados estaduais pediram para retirar as assinaturas dos requerimentos
As comissões parlamentares de inquéritos (CPIs) cotadas para serem abertas ainda este mês devem ficar na gaveta por mais um tempo. Isso porque o presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), afirma que alguns parlamentares retiraram o nome dos requerimentos que pediam a abertura da investigação.
O peemedebista destaca que só na próxima semana terá uma posição final sobre a abertura das três comissões que foram propostas no Legislativo estadual.
Romoaldo destaca que, neste momento, ainda não é possível dizer quais das três CPIs propostas pelos parlamentes serão abertas, de fato, porque ainda há tempo dos deputados retirarem a assinatura.
A definição final só deve ocorrer após o próximo colégio de líderes da Casa, que acontece na próxima terça-feira (28).
O presidente destaca que a orientação da Mesa é de só dar início a CPIs que possam ser concluídas ainda neste ano, para não deixar os trabalhos para a próxima legislatura.
Para que isso aconteça, os deputados têm menos de 60 dias para dar início e finalizar os trabalhos, tendo em vista que o último dia de atividade em plenário será 22 de dezembro, conforme a fala de Romoaldo.
Uma das CPIs é a da Cooamat (Cooperativa Agropecuária de Mato Grosso) e seu requerimento para sua é de autoria do deputado José Riva (PSD), que tem defendido o nome de Alexandre Cesar (PT) para presidir os trabalhos.
A comissão irá investigar a cooperativa de propriedade de Eraí Maggi, suspeita de fraude e simulação de negócios.
As indicações são feitas pelas bancadas, portanto além do petista e Riva, que devem compor a CPI, são cotados Jota Barreto (PR) e ainda é possível que alguém do grupo ligado a Pedro Taques (PDT) seja indicado.
No entanto, Zeca Viana (PDT) e Dilmar Dal Bosco (DEM) brigam pela instalação da CPI da Trimec, que irá investigar os contratos da empreiteira com o governo, e um deles deverá estar na composição.
A reunião do Colégio de Líderes de terça-feira também deve definir se serão instaladas as CPIs da Trimec e da Nhambiquara, ou se serão juntadas para ampliar as investigações sobre outras empreiteiras. Há possibilidade ainda de que as duas comissões sequer saiam do papel devido a pressão do governo do Estado.
O deputado Walter Rabello (PSD) foi o responsável por apresentar o requerimento para investigar os contratos da Nhambiquara, de propriedade de Eduardo Botelho (PSB), eleito deputado estadual. Inicialmente, o pedido tinha 11 assinaturas, no entanto Guilherme Maluf (PSDB) e Dilmar Dal Bosco (DEM) retiraram o apoio por estar no mesmo grupo de Botelho, que é irmão do deputado Luiz Marinhos (PTB).
A proposta de CPI da Cooamat surgiu após Riva fazer denúncias contra a cooperativa de Eraí. O assunto veio à tona ainda na campanha eleitoral. O produtor, primo do senador Blairo Maggi (PR), foi um dos principais financiadores da campanha de Pedro Taques (PDT).
O social-democrata tem levado a sério o assunto e além da CPI ele disse ter feito a denúncia para diversos órgãos de investigação, como Ministério Público e Delegacia Fazendária.
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