Por unanimidade, Justiça mantém júri popular de acusados de matar Maiana
A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso manteve por unanimidade a sentença de pronúncia, mandando os acusados pelo assassinato da jovem Maiana Mariano, 16 anos, a júri popular. O empresário Rogério da Silva Amorim, mandante do crime, Paulo Ferreira Martins e Carlos Alexandre da Silva, tentaram evitar o julgamento pela população sustentando ter os direitos de defesa cerceados. Maiana desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011, quando ainda namorava o empresário, após sair para descontar um cheque em uma agência bancária, no CPA II, em Cuiabá.
Na manhã desta terça-feira (28), os desembargadores Paulo da Cunha (relator), Rui Ramos e Rondon Bassil rejeitaram a preliminar e, no mérito, desproveram os recursos. De acordo com o relator, caso os réus recorram da decisão de Segunda Instância, os recursos interpostos seguirão para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado (MPE), a garota foi vítima de um plano tramado por Rogério Amorim, com quem ela mantinha um caso extraconjugal. A jovem foi atraída para uma chácara onde uma emboscava a esperava.
Contratados por Rogério para matar Maiana, os acusados Paulo e Carlos Alexandre asfixiaram a jovem até a morte e depois colocaram o corpo no banco traseiro de um carro, onde levaram até a empresa de Rogério, no bairro Três Barras, para que ele comprovasse que o serviço tinha sido feito. Pelo crime eles receberam a importância de R$ 5 mil.
Após mostrar o corpo para Rogério eles seguiram em direção a Ponte de Ferro, onde fizeram escavações com picareta e pá e ocultaram o corpo da menor. A ossada da vítima e suas roupas foram localizadas no dia 25 de maio de 2012, próximo a Comunidade São Gerônimo.
Caso nenhum recurso seja interposto, a ação retomará a Primeira Instância para que o julgamento seja realizado em sistema de júri popular.
O caso
Maiana desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011, quando ainda namorava o empresário, após sair para descontar um cheque em uma agência bancária, no CPA II, em Cuiabá. Em cinco meses de investigações, a Polícia Civil esclareceu que adolescente foi assassinada. No dia 25 de maio, o corpo da jovem foi localizado enterrado em uma cova rasa, no meio da mata, próximo a uma estrada de chão, na região da Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro, em Cuiabá.
Além de Rogério e Calisangela, mais duas pessoas foram indiciadas e presas por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, por envolvimento no crime. Paulo confessou que matou a adolescente asfixiada com um pano na boca e com ajuda de Carlos Alexandre transportou o corpo até a região de Coxipó do Ouro, utilizando o próprio carro, um veículo Fiat Uno cinza, que revendeu depois. Foi ele inclusive quem levou a polícia até o local onde estava o corpo da menor.
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