AL diverge sobre empréstimo e convoca Maurício Guimarães
O deputado estadual José Domingos (PSD) solicitou às comissões de Infraestrutura e de Acompanhamento da Execução Orçamentária que convoque o secretário Maurício Guimarães e outros responsáveis da área financeira para prestar esclarecimento sobre o empréstimo de R$ 200 milhões que o Estado pretende fazer com a Caixa Econômica Federal (CEC) para a obra do Veículo Leve sobre Trilho (VLT).
Para rebater, o líder do governo, Jota Barreto (PR), culpou os embargos feitos pela Justiça, a pedido do Ministério Público, pelo atraso na obra do VLT.
Zé Domingos, indignado com a omissão da Assembleia Legislativa, que já aprovou outros empréstimos, até mesmo para o próprio VLT que é executado com recursos do BNDES e da Caixa, chegou a declarar que o parlamento não pode ser a “Casa da Mãe Joana”.
“Esta Casa é receptiva, mas não podemos ser a Casa da Mãe Joana. Tudo que vem aqui nós aprovamos, mas devemos dar uma resposta à sociedade mato-grossense. E hoje o TCE, por incompetência e inoperância nossa, está praticamente está usurpando da competência nossa devido à forma como esta Casa vem tratando a questão das obras da Copa”, afirmou Domingos.
Jota Barreto avalia o empréstimo com “otimismo” e em defesa do Estado disse não ver problema na operação solicitada pelo Estado.
Ele declarou ainda que o governo não pode perder nenhuma possibilidade de conseguir recursos federais.
O problema é que a verba não será a fundo perdido e sim em operação de crédito que deverá ser paga com juros.
Sobre a falta de esclarecimento sobre o empréstimo, fato questionado por Zé Domingos, Barreto rebateu alegando que o governo irá prestar contas de todos os dados sobre a obra do VLT.
“Vejo com otimismo não só para o atual governo, mas para o estado de Mato Grosso e para o próximo governo, que terá recursos para continuar as obras do VLT, a mais moderna do Centro-Oeste, obra que o cuiabano está sentindo estão em andamento. O governo vai prestar esclarecimento, sim, do que foi pago, do que será pago e do que ficará em caixa para o próximo ano. É muito burocrático para conseguir recursos em Brasília, então quando se tem oportunidade para trazer R$ 200 milhões para ver esta obra finalizada até 2016 não podemos perder”, defendeu.
Questionado se o valor de R$ 1,4 bilhão já não é suficientes, Barreto fugiu do assunto, fez comparações com o valor do VLT na Bahia e rebate alegando que cabe aos órgão fiscalizadores acompanharem.
Ele ainda reclamou dos embargos feitos pela justiça.
“Os órgãos fiscalizadores estão todos em cima, Assembleia, Ministério Público Federal, Estadual, alias, esta obra já era para estar bem adiantada se não fossem tantas reivindicações de 30, 60, 90 dias paralisando a execução. Não fosse isso, já era para o povo cuiabano está andando de VLT”, finalizou.
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