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Polícia Brasil
Sexta - 31 de Outubro de 2014 às 14:31

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Reprodução/Rede Record
O vigilante foi apresentado oficialmente no dia 16. Segundo a Polícia Civil, ele confessou ter matado 39 vítimas por esganamento, facadas e tiros
O vigilante foi apresentado oficialmente no dia 16. Segundo a Polícia Civil, ele confessou ter matado 39 vítimas por esganamento, facadas e tiros

A família do vigilante Thiago Henrique Gomes da Rocha, de 26 anos, que confessou ter matado 39 pessoas, está abalada e tenta entender o que levou o jovem a cometer os crimes. Capturado em 14 de outubro na cidade de Goiânia, ele foi apresentado oficialmente pela polícia dois dias depois. Esta foi a primeira vez que Rocha se encontrou com a mãe desde sua transferência para a penitenciária de Aparecida de Goiânia.

O tio de Rocha, que pediu para preservar a identidade, falou à Rede Record que a “ficha ainda não caiu”.

— Um sobrinho meu, que eu amava. Amo ainda. A mãe dele adoeceu. Eu, a minha mãe, ficou todo mundo abalado. Não é a mesma coisa mais. A gente não consegue mais dormir, não come direito.

Apesar de não ser dia de visita, o suspeito foi autorizado a receber familiares no presídio por quinze minutos. Ao chegar, a mãe dele escondeu o rosto com uma camiseta. Conforme informações não confirmadas, o vigilante estaria com medo e teria pedido para ser transferido para uma cadeia do interior do Estado.

Crimes

Em sete meses, 15 mulheres foram mortas em Goiânia. A primeira vítima foi a adolescente Bárbara Luiza Ribeiro Costa, de 14 anos, assassinada no dia 18 de janeiro. A última vítima desta série de crimes foi outra adolescente, Ana Lídia de Souza, também com 14 anos, baleada em um ponto de ônibus no dia 2 de agosto. Todas essas vítimas, que tinham idades entre 14 e 29 anos, foram atacadas da mesma forma: um motoqueiro se aproximava, atirava e fugia sem levar nada.

A partir desses assassinatos, uma força-tarefa foi criada pela polícia de Goiânia. Havia dois meses, essa força-tarefa seguia as pistas do suspeito e investigava também outros crimes. No início, a polícia dizia não acreditar que os homicídios tivessem sido cometidos por uma única pessoa. Entre os motivos que reforçavam a hipótese estava o fato de que, nos depoimentos colhidos, testemunhas citaram motocicletas de diferentes marcas e cilindradas. Além disso, as características físicas dos suspeitos também divergiam.

O vigilante foi identificado em imagens registradas por câmeras de segurança no dia 12 de outubro, perto de uma lanchonete em que uma mulher foi agredida por um motociclista. Segundo testemunhas, o motociclista tentou atirar na vítima, mas a arma falhou. Então, ele chutou a boca da jovem e fugiu.

Rocha foi preso em casa, em um bairro da periferia de Goiânia na noite do dia 14. Ele trabalhava como vigilante em um dos maiores hospitais do Estado. Entre os colegas de empresa, ele era considerado acima de qualquer suspeita. Até agora, a polícia confirma que o suspeito matou 39 pessoas, mas o número pode ser maior. Entre as vítimas, estão oito moradores de rua e 16 mulheres. No início ele matava aleatoriamente e depois começou a seguir um padrão. Imagens de câmeras de segurança foram fundamentais para que a polícia chegasse até o suspeito.





Fonte: Do R7, com Fala Brasil

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